Solidão
É
tarde
a
noite arde
é
pressa
a
lua cresce
é
madrugada
a
nuvem passa
é
frio
o
conhaque aquece
e
um estopim brinca à beira de uma fogueira
Essa chuva
Acende
uma chuva aqui dentro
Vindo
de um lustre com uma luz fraca
Uma
dor conta pingos
Uma
espera que o destino crava
Um
“não sei lá” que responde tudo
Uma
alma que não se lava
Um
grito encharcado e mudo
Um
querer quase absurdo
Vontade
de te ver
Um
amor que me faz ser
Tudo
aquilo que eu sempre quis ser
E
essa chuva que não passa
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