domingo, 27 de fevereiro de 2011

GRANDE MOACYR SCLIAR...

Fique em paz... GRANDE MOACYR SCLIAR... Muito obrigado por tanta "literatura", por tanto aprendizado... Quem jamais leu Moacir Scliar faça imediatamente... Até a eternidade e sabes que continuas por aqui nos ensinando... Há braços sempre

sábado, 26 de fevereiro de 2011

Moulin Rouge

O destino é ruivo
Uma dança
Nada pode excitar mais do que a vida
...Beber versos, superar feridas
Ver teus olhos a cantar
É a minha canção preferida
Simples e real
Betty Blue, Amélie, Nicole Kidmann?
Eu só quero a ti
“Haja o que houver, eu amarei você, até o dia da minha morte”

E o filme acabou

- Tu sempre fostes em todos os teus momentos um tocador de citara, grita emocionada Quirina...

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Par perfeito

O par não é preciso
Não tem um único jeito
Rotular “par perfeito”
Pensar assim não é direito

Diga-me
O que é um par perfeito?

Mas não esqueça menina
Dos momentos mais do que perfeitos
Luz de velas, vinho tinto seco, música
Carinhos intensos e sem ter fim

Tatuagens no coração descolorem
O destino usa raio laser

Mas não esqueça menina
Dos momentos mais do que perfeitos
Banho de mar na madrugada,
Lua cheia cobrindo o mar,
Sede de vida, fome de amor
Bergman, Wilander, Kurosawa

Diga-me
O que é um par perfeito?
Não faça esse jeito de triste
Sabes linda menina
Par perfeito não existe

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Espumas

Vejo a tristeza que se espelha
Ao ver minh ‘alma que parte
Felicidade é um fogo de palha
Que queima, que provoca, que arde


Mora um hiato que teima em provocar
Um abraço de esquina que não se esquece
Vez por outra vens feito onda de mar
Quebra, insunua e desaparece

Águas

A crosta
Gosta
Da água
Das furnas
Que ela faz
Algoz
Por amor demais
Beijo de correnteza
Que encosta
No corpo
Na alma
Porto de prazer
Nas frestas
Nas festas
De um mar sagaz

Bêbada onda
Que parte
Que boquiaberta
Beija feito arte
Pinceladas de desejos
Na tela nua
Feroz
Por amor demais
Abraço de lágrima
De felicidade
De alquimia
Ilha de querer
Em portos de magias
Encantadoramente infiel
Ao mesmo tempo olhar de sempre

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Quase

É a medida exata do meu amor
Do meu amor de todo uma vida

Minh’alma nasceu com o amor tanto
Desesperadamente tanto e mais

Minha vida viveu do amor quase
Encantadoramente quase e tanto

Não que isso não me fizesse
Amar muito e tanto e mais

Mas por achar que no final das contas
Todas as contas não contariam todas as medidas

Deixei as histórias dos meus amores mais suaves
Assim entre as gavetas, escondidos entre os rabiscos, moram os meus “quases”

O amor é todo dia quase sempre

Eu preciso de riscos
Para fazer poesia
Eu preciso de amor
Para buscar boas rimas

Amor para mim é todo dia
Amor para mim é todo flor
Amor para mim é todo cor
Amor para mim é todo alegria

Mesmo que venha a tormenta e afaste o dia
Mesmo que venha a tormenta e destrua a flor
Mesmo que venha a tormenta e misture a cor
Mesmo que venha a tormenta e leve a alegria

Amor continua definitivamente para mim
Quase todo o dia

Hay-Kays

I

Jardim de águas claras
Sopra inundação e correnteza

II

A pétala que corre na chuva
Desliza feito luva

Embarcações

Vislumbrava a cor daqueles olhos que há tanto não via
E lia nas entrelinhas da noite escura uma claridade
Olhos de dor, mas ao mesmo tempo de inundação de mar
Provocações de bar e recados em guardanapos
Saudade recém-chegada
Saudade embarcada
Saudade distraída
Caída diante dos olhos sonhados
Caída deliciosamente sobre o corpo
Caída intencionalmente no colo querido
Vislumbrava a cor daqueles olhos
Para poder estar mais perto daqueles olhos tão amados
Incendiados por uma solidão incontida
Detalhada em sonhos que vivi acordado
Vislumbro tua chegada todos os dias, todas as manhãs
Quando da tua chegada descreverei realmente o que seja claridade
E entenderás todo o tamanho das palavras que escrevo agora

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

O LIVRO

CAROS AMIGOS: AGORA É REALIDADE. MEU LIVRO ESTARÁ NAS BANCAS A PARTIR DE SETEMBRO DE 2011. CONTRATO FIRMADO. AGUARDEM... OS RABISCOS TRANSFORMADOS EM LIVRO. MUITO OBRIGADO A TODOS QUE COM MUITA ENERGIA POSITIVA POSSIBILITARAM A REALIZAÇÃO DESTE SONHO. BRIGADUUUUU.... HÁ BRAÇOS

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Quando o amor pode ser Armação?

Obs: Trata-se de um rabisco literário, qualquer semelhança com a realidade é mera coincidência.

Nunca, em nenhum momento de minha vida, eu estive tão apaixonado por ti como agora. Inúmeras vezes me apaixonei por ti, sei disso, mas nunca como agora. E eu não sei o que eu faço com tudo isso. Ninguém controla um coração, também sei disso. Cada dia que passa é mais difícil te ver e não querer gritar para todo mundo ouvir “Nossa, com te gosto”. Hoje quando te vejo, disfarço o olhar, não olho diretamente para os teus olhos, tento disfarçar, furtar meu olhar desse meu enxergar que já me condena. És o que eu quero de uma mulher. Tua sinceridade que tanto me magoa também me fascina. Se não somos unha e carne, que sejamos fato, um ato desses planejados, indefectivelmente arranjado, arranjos de céu, de corpo e de alma – tal uma canção da Maria Gadú... Desmilinguido, feito um pedaço de dia nascido num café preto de alguma madrugada febril e encantadora. Um amor descabido, refletido já faz uma década. Inteiro e ao mesmo tempo tendo como divisão, frangalhos... Raios rompendo um céu azul e trazendo chuva, banho nu de alma e de corpo... Nascida num Porto e que me faz tão Ilha. Queria te provar que meu amor vale a pena e que a vida deve e deverá ser mais serena para quem gosta de ouvir Cartola, Noel e àquela música diferente da África do Sul. Sei que entendes o que digo. Sejamos práticos, frios, quase árticos. Acredito que a natureza nos coloca em frente de seres que nos provocam nossas próprias provocações e nos permitem sonhar com todas as cores dos nossos sonhos. Somos um anzol no fundo do mar... Queremos todos os peixes, mas sonhamos com um. Um destino de quem nos fala só a verdade e a verdade nos permite uma mentira eterna de amor. Contraditório? Não, claro que não... Tua boca faz parte desta minha arte que de tão louca faz dessa tua boca minha rima que me faz fugir da alma triste que tenho por não te ter. Sem vírgulas. Confuso? Não, claro que não, somente este fuso de anos luz que teima em não te trazer para mim. Quero te levar para o teatro, para o show alternativo num bar esquisito, e fazer de um banho de chuva, de um programa de índio, algo sempre bonito, porque tu estás. Só queria te dizer que num mundo tão feio em que vivemos, no que se refere ao inteiro das pessoas, talvez sejamos um dos casais mais bonitos que conheço. Deves me achar lunático. Eu sou. Olha para a lua, lá estou eu te “luarizando”. Talvez eu seja a resposta que procuras e eu por ser “tão pergunta” nem sei mais redigir a frase e não sei deixar claro tudo isso. Deixa eu te cuidar. Saiba que mesmo te cuidando poderás voar, pois teus voos de pássaro refletem a possibilidade do amor ser livre e que ele pode pousar com segurança, qualquer que seja o vento. Eu posso te satisfazer. Dane-se a química. Eu faço curso, eu estudo mais, eu passo no vestibular, eu decoro as fórmulas para te ter. Eu mudo de língua para te ter. Eu traduzo àquele hai-kai indiano se for preciso. Acredite, a cada momento que vivemos perto eu nos vejo em cada momento mais juntos. Analise. Tente se provocar um pouco. Somos suficientes no que precisamos, tu e eu. Por saber a pessoa que és e que eu tanto te admiro e por hoje saber a pessoa que sou, tenho certeza que nos merecemos. Merecer de merecimento. Temos tudo para ter uma vida muito feliz, dentro dos nossos padrões de felicidade, dos nossos, friso bem. Talvez eu possa te cuidar além do que imaginas e talvez te cuidar seja o caminho da minha felicidade. Eu preciso de ti, porque eu acredito que quem ama pode tudo. Se tudo o que escrevi não te mover músculo, alma, gesto algum, me diga. Pois preciso saber o que eu faço com tudo isso.