quinta-feira, 28 de outubro de 2010

VIAS DE FATO

Tuas palavras invadem meu silêncio e minha casa
Provocam meus gestos e desenham minhas poesias
Perco-me na estranha sensação de não estar no comando do barco

Julgo que perdi minha bússola, meu mapa e, minhas asas
O fato que teu sorriso é de fato minhas reais vias
E falar de amor sem falar teu nome faz o amor vago

Nossa história é história de final feliz e todo mundo sabe
Pois existe uma varanda esperando nosso beijo
O destino atiça, provoca e sempre nos coloca perto

E o sentimento por ser mais do que o tanto não cabe
No significado mais amplo do que seja querer e desejo
Um dia, eu sei, daremos bem certo

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Pequena Canção da Espera

Sempre espero
Um desespero quase que anunciado
Um desejo mais do que desejado
Assim eu espero

O que transparece no quero
Invade o rosto
O sorriso também tem gosto
Assim eu espero

Desesperadamente um toque se aproxima
De olhares tantos ficaram os riscos
Em meio a beijos e fugas
Caminhos e retalhos não mais se tocam

Ainda assim eu espero

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

O QUERER EM DOIS ATOS DE “TRANSPARECERES”

Aparentemente o querer transparece

Quase por quase não querer que o espelho enxerga não querendo ver
Num instante presume que o amor é constante, noutro beira o acaso
Diz que não quer, que não sente saudade e disfarça assim o querer
E quer que o tempo corra, pois meio poço, cheio de um ângulo, é raso

Imensidão pode encher parcialmente um dedal
Um vazio pode preencher totalmente o tanto
O vento muitas vezes não quer falar com o varal
E bem no canto do canto mora um canto


O querer transparece aparentemente

O amor não deverá impor nem precisará se puder ser o que será
Uma questão de jeito numa imensidão que ele chama de incontido
Num tanto que às vezes parece pouco mas inteiramente fará
Entenda minha declaração tal um livro misterioso não lido

Nasceu a flor mais linda num jardim indefinido
Mas mesmo assim a beleza existe e se faz presente
O entendimento mesmo não lido faz do livro
Tudo o que o coração diz preciso e sente

O entender vai de encontro ao inexplicável
Seria exato se o encontro se propusesse a não se conter
O silêncio nas entrelinhas grita inteiro em descompasso:
Que uma grande paixão pode sem querer desaparecer

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Considerações sobre silêncios, fugas, e outras maneiras de disfarçar o tanto e pá

Veja, ela chegou com o mesmo riso, como o mesmo encanto que tanto me encanta e me encantou... Trouxe àquele sentimento que o nome, sei lá porque, não sabemos. Mas existe, está ali... Ela sabe. Eu sei e o tempo dirá o certo... E saberá... Existem encaixes que a vida deixará assim, a explicar, a querer e a tentar e sempre será uma felicidade sob quaisquer condições... Entenda isso como uma eterna declaração de amor... Ou uma declaração da afinidade maior... Ou uma declaração de aceite de mundos diferentes e tão afins... e não por isso, uma declaração encantadoramente precisa... Me és precisa, joia que ilumina meus becos, minhas esquinas, minhas meninas dos olhos, que te olham e transpiram paixão... Minha ferida quer teu mertiolate... Quero teu assopro... Para estancar a dor... Curativo não cicatriza o amor... Tatuagens, sim. Me és precisa, tal  uma manga madura e a boca a esperar a mordida, igual a meia-noite que chega inteira, e mesmo assim tão coerente... Tal o sabor de uma mão cheia de mar e a imensidão da palma. Igual a corpos ardentes misturando o gozo e as almas... Me és precisa tal um querer que guarda e que acalma e que por tanto amor, espera... E as vezes desespera e briga e arranha e diz que odeia, mesmo com tanto amor explicito. Me és precisa tal um problema de química, mas eu não quero mais passar no vestibular, só quero dormir de conchinha contigo, sem equação complicada nenhuma. Pensa sem tempo nem data. É isso e pá.

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Considerações sobre o esconde-esconde do amor e outras brincadeiras sérias - Parte Dois

Fanatismo de Florbela Espanca na voz de Fagner e um vinho tinto seco chileno e alguém que goste de dias repletos de poesia e música... Felicidade completa... as vezes a gente pede demais... Mas tenho tudo isso e ao mesmo vem a falta. Um dia eu explico... As rosas não falam Mestre Cartola... Mas dizem tanto...
A política estadual acabou, mas ainda haverá um segundo turno nacional. Sobre isso devo dizer: Subestimaram a Marina, caros companheiros. Me senti feliz ao ver na vitória do Tarso em POA e ao lado dele, o Senhor Olívio Dutra... Um grande nome que muitas vezes o PT ignora. Grande caráter e grande político. Aqui em Santa Catarina o mesmo de sempre. O PT ainda não aprendeu a fazer campanha (usar o marketing devidamente), fazer bons programas de televisão... São programas frios, chatos etc etc... Ganhou quem sabe fazê-los. Viva mestre Fábio Veiga.

A vida nos leva coisas e pessoas... Mas não faz por mal, faz para que aprendamos a vivê-la. Nos levam livros, cds, sonhos, pulseiras, endereços... Nos levam a calma, o beijo, por viveras vezes, até a alma nos tentam levam. Iniciei a semana um tanto taciturno, um tanto distante... Sei lá... Me volto a olhar com atenção o porto seguro, àquele que me conhece, que sabe como sou e apesar de tudo, tem afinidades comigo. Sei lá... Semana para ajustes profissionais e planejar bem os trabalhos de final de ano. O horizonte se apresenta claro. Estou cansado, pretendo fazer uma geral na que tange minha saúde... e vou fazer, além de visitar um oftalmo... as letrinhas estão cada vez menores... Esse senhor de quarenta e tantos vê as marcas do tempo começarem a bater em sua porta, rsrsrrssrrsrs. Mas quem tem alma de guri resiste mais. É isso... Não estou bom para discorrer o que meu coração fala... Aguardem um pouquinho... Vou buscar minha mãe e minha irmã no Rita Maria... e elas com certeza me farão muito bem. Gostaria de explicar, como eu havia afirmado anteriormente – não iria escrever mais minhas considerações e voltaria a escrever minhas poesias, geralmente breves... voltarei a escrever minhas breves poesias, mas não consegui me desvencilhar das considerações... vamos deixar assim, por enquanto... As duas, como Dolores e Quirina...

Para finalizar essa confusão de pensamentos tantos: Porque as pessoas por motivos materiais calam todas as emoções e sentimentos que vivem dentro delas? A vida passa assim, assim e aí? Há braços...

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Considerações sobre o esconde-esconde do amor e outras brincadeiras sérias

A campanha política chegou ao fim, ou perto dele, já que o segundo turno aqui em Santa Catarina é quase uma certeza, caso certeza pudesse viajar no quase. Qualquer que seja o resultado meu dia-a-dia deverá ser mais tranquilo, pois a rotina da MKT, embora seja também uma correria, é algo que eu controlo mais, rsrrsrsrsrrs. Ah... as perdas são nossas molas propulsoras para as conquistas... isto é fato... perde-se aqui, sofre-se aqui, mas logo ali na esquina vem um abraço, um beijo, uma vitória... é assim. Sou um sonhador convicto. Sofro por amor e acredito nele piamente. Com a campanha finalizada, volto para organizar meu coração... oh coisa difícil... preciso ajeitar a casa... para isso é preciso limpar a sala, varrer a sacada, ajeitar bem o quarto, se é que me entendem, e arrumar a cozinha... Faxina, limpeza, organização. Sem varrer nada para debaixo do tapete, as cortinas limpas, os vidros transparentes... assim também é o amor. Lembram, meus caros e estimados e fiéis leitores, eu disse em considerações passadas que eu havia decidido a passar o final de ano com um cobertor de orelha, ter um cafuné, um beijo, um passear na praia com alguém que fique bem somente por passear na praia comigo, e que entenda meus rabiscos e que faça amor à tarde vendo a sessão da tarde... rsrrsrsrs... ou seja, que seja feliz sob qualquer tempo e condição... Vou atrás... decidi que vou atrás... claro que eu tenho o sonho por alguém, mas está distante, impossível, essas coisas... tem uma música dos Titãs que diz “eu só quero saber o que pode dar certo, não tenho tempo a perder”. É isso, mas é preciso esquecer um amor e deixá-lo nas boas lembranças da vida... O amor brinca de esconde-esconde, de cabra-cega, de polícia/ladrão... O amor também brinca de “detetive” e de “banco imobiliário” e esses jogos eu não jogo bem, rsrsrrsrrsrsr. Costumo dizer aos meus filhos maiores o seguinte: quando o coração fala deixem o mundo explodir, encarem, vão em frente, amem... e depois de tantas tempestades e perdas, eu não mudo palavra alguma. A vida, meus leitores, é curta demais e a gente acaba perdendo um beijo de esquina por nada e um beijo de esquina não tem preço. Dona Teté ao se despedir, hoje, de mim, pois era o último dia de campanha e mesmo que haja o segundo turno ela não continuará, por problemas familiares, me levou para um canto, meu deu um abraço inesquecível e palavras que jamais esquecerei: “Tu tens luz, tu deixas todo mundo bem, e precisas aproveitar isso e ficares também bem. Ajudas todo mundo, deixa cada cantinho dessa sala alegre... Que bom te conhecer, Dike... Tomara que tu encontres uma mor que te mereça...” Ela é muito linda, 68 anos com corpinho de 65, no máximo, rsrsrrsrs.... “Brigaduuuu” Dona Teté... que prazer tê-la conhecido, que mulher maravilhosa que és... tenha certeza que nos veremos muito e está marcado o chopinho no mercado sexta-feira. Tem preço um ser humano assim... claro que não.... Beijo Dona Teté, que o São Jorge que tanto falas, te proteja sempre e que a vida só te traga alegrias... A vida corre, a gente corre... Acredito em energia. Em todas. Salve São Jorge. Salve Buda. Salve Chico Xavier. E que nosso Deus maior proteja a todos. Tem horas que a gente quer jogar tudo para cima, tens horas que a gente quer reconquistar o ontem, tem horas que a gente quer apostar no futuro... Tem hora para tudo. A escala de música tem tantas notas e a gente quer fazer música com uma nota só. É preciso compreender, a compreensão é precisa.



Voltei... “O que será, que será que vive nas ideias desses amantes, que cantam os poetas mais delirantes, o que não tem decência nem nunca terá, o que não tem censura nem nunca terá, o que não faz sentido (...) O que será, que será, que todos os avisos não vão evitar(...) O que não tem juízo... Viva Chico... Viva Dona Teté... Viva a liberdade de dizer e amar e sofrer e entender que tudo isso é preciso... “Olhos nos olhos quero ver o que você diz”.



Eu não sei te esquecer. Eu não sei te responder. Quem há de saber alguma coisa nessa vida? Quem há de explicar o que seja o amor? E a dor faz parte do que nessa história? Rsrsrsrrs... Viva Noel, Cartola, Lupi, Gonzaguinha e que tantos que tão bem cantaram o amor... Amor é música... e a música pode ser alegre e pode ser triste e pode ser o que se pode entender que seja “acorde”... Pronto. E hora de acordar... Versões de acordes, acordares e tantos ares que nos fazem flutuar... Viva Florbela, Leminski, Pessoa, Drummond e Quintana...



Frases soltas em considerações e rabiscos flutuantes, diferentes hoje, iguais ontem e vice e versa nos espelhos côncavos e convexos, não necessariamente nessa ordem. Seja assim fora de ordem, desordenado é amor. Uma cor que vem e disfarça a vida, feito cameleão... muda assim... muda de repente... muda o olhar e o coração... E como diz Chico: “Sem carinho nem segura esse rojão”.



Revoltei, ou seja, voltei de novo. Rsrrsrsrsrsr... Assassinei assim o bom português... Rsrsrsrrs...



Obrigado Juarez Francis de Andrade pelo email. É assim que eu entendo a poesia. Uma forma de fugir e de se encontrar. Forma de buscar e de calar e de gritar... poesia é tudo... Tudo o que permitimos... Entendo assim a poesia e fico feliz que entendes tudo isso... Ah... Conheço tua cidade... Trabalhei numa empresa de software que tinha negócios em Vitória... Conheci Guarapari e um bar no centro de Vitória que tocava boleros e canções que amo e cheguei a escutar Lupicínio Rodrigues lá. Cidade Linda... Continue a escrever. Tua poesia fere, mexe, bole, encanta. Fico feliz de gostares de minha poesia, mas não esqueça que tua poesia é maravilhosa. Forte e intrigante, na proporção exata dessas palavras... valeu o email...



Minha doce Lúcia de Curitiba... Nunca te vi, mas te gosto muito... teu email me fez rir, amar, flutuar... Continue a escrever assim e quando vieres a Floripa ligue... Vamos tomar um vinho tinto seco chileno aqui no Campeche, és minha convidada... teu email? Sem comentários... É isso...



Cleomar, meu bom anjo de POA, o que dizer? Saudade de ti. Mesmo na distância sabes o que se passa... Amor mexe comigo... Me cutuca... me bole... me instiga... me dilacera... me preenche... me disfarça... Entendes bem isso... meu poeta... Vou a POA em outubro... prepara o “chima” na Redenção... e um boteco na Lima e Silva. Vou te ligar... Cleomar, meus leitores, é um anjo que criou o Clube dos Escritores. Sem palavras.



Segunda chegam minha mãe e minha irmã, duas das mulheres que ama demais... A semana promete... Minhas mulheres e eu... adoro a sensibilidade feminina... Elas são os caminhos que o mundo precisa para ser mais claro e feliz... “Foi bonita a festa Pá... Tanto mar...” e viva Chico, de novo. E CHEIRINHO DE ALECRIM.... Quem sabe, viaja. Sou um Guerreiro Menino. “Um homem também chora... guerreiros são meninos no fundo do peito, precisam de um descanso (...) o sonho é a sua vida...