domingo, 25 de janeiro de 2015

Valorar quem te faz sorrir

Ventar até perder o ar

sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

À Márcia


Não cabe em mim tudo o que sinto
Não diz tudo o resultado final dessa conta
Não vê tudo o exato e sua poderosa sonda
Faltam tamanhos para explicar o tanto


Não cabe no que diz incomensurável
O todo que mora aqui dentro
Nem é possível determinar a intensidade

Que provoca a felicidade que explode em mim

Até a compreensão precisa e intensa tem seus limites
A tua presença no mundo me basta para não ser triste
O que chamam de tudo é apenas uma parte do que cabe em mim

Que tamanho mais do que o imenso terá este amor que sinto por ti?

quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

Quero o riso daquele sonhado riso mais sincero
Daquele que o amor se faz encantadoramente eterno

Gargalhadas por que o amor merece
Cobertores que a linha do querer tece

E que nos cobre do sentimento mais nobre que existe

Amor não quer dizer que tudo se faz alegre
Mas, amor quer dizer que com ele o triste não é tão triste

Entendemos, pois que ao querermos o tanto
É preciso beijar a imensidão

Valorar quem te faz sorrir
Ventar até perder o ar

Fazer a fala decorar a cor da cor do texto do coração
QUANTO A EXATIDÃO DESCOBRE QUE A SURPRESA É FUNDAMENTAL

Baldes de mares teimam em encher dedais
Assim esquecemos dos beijos no meio da tarde
Das cartas redigidas a mão

É preciso surpreender
O amor necessita de arrepios e friozinhos na barriga
Amor não tem botão de liga e desliga

Botões que valem de verdade
São os que deliciosamente abrimos para sentir o corpo amado
No meio da noite

terça-feira, 13 de janeiro de 2015

PRECISO


Todo o céu esconde uma chuva
E chuva cai para limpar o céu
E linhas erguem sonhadoras pandorgas
E dobras desenham barquinhos de papel

É preciso de água para lavar a alma
E não ter mágoa para limpar o cobertor
É preciso de coragem para manter a calma
E não ter medo para entender o amor

Toda a chuva esconde um céu
E o céu cai para limpar a chuva
E sonhadoras pandorgas sonham com linhas
E barquinhos de papel desenham dobras


A verdade não necessita de luvas

segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

Aos quinze anos (Como da vez primeira)


Minha pele faz-se papel
Pergaminhos de poesias à flor dela
Arrepios ao ouvir teu nome
Meus poros feitos sonetos de Florbela


Meu encantamento percorreu tantos anos
Mantido intacto, mantido sereno
Muitas vezes disfarçado de abandono
N´outras esperançoso por um aceno


É este amor que eu canto agora
Amor maior de uma vida inteira
Que incendeia, colore, cora
Como da vez primeira


Não é por acaso que teu nome tem mar
Pois naveguei sem cansar, pois vivi sem desistir
Minhas velas seguiam por sentir teu ar

Lembrar de ti era uma forma de existir

quinta-feira, 8 de janeiro de 2015

Nossas ausências são ruas extensas de nossos silêncios,
rios caudalosos, mares revoltos que se acalmam com beijos.
Proximidade é a linha que costura o sentimento.
Compreensão, sutileza e leitura de momentos fazem parte deste coser...

É preciso surpreender a tristeza e não deixá-la tomar espaço.
É preciso um gole de luar, perfume de terra molhada, um riso no meio da tarde...

As ausências ardem...


terça-feira, 6 de janeiro de 2015

O SEMPRE

Sempre era o caminho sonhado
Mas o talvez, que era um menino malvado
Brincava de querer ser o nunca mais

Sempre tinha tanta confiança
Que desde quando era tão criança
Não conversava com o jamais

Por querer o querer sempre e tanto
O Sempre cresceu sincero
E no esmero da mãe felicidade
O Sempre por ser canto e mais

Ainda tornou-se eterno
Vou te beber inteira.. gomo por gomo... gota por gota... 

limão, bergamota, laranja... 

sumo do suco que alimenta, agiganta... 

entendes, sei que entendes, minha sede..


Febre

Uma sensação sem cor me atravessa.
Embora não fale, não cala.
Invariavelmente estanca cada passo meu.
Um punhal ferindo a própria ferida.
Um jogo onde a dor supostamente venceu,
Sem que a existência se desse por vencida,
Ficando exposto aquilo que o poeta ainda não escreveu...
Assim fica entendido o mágico encanto dessa vida.
A vida é uma longa febre.


Um verso de pé quebrado

Um verso de pé quebrado deixa recados no gesso.
Ninguém passa nesse mundo,
falando de amor e saindo ileso...

Um verso de pé quebrado demora um pouco mais para chegar.
Mas rima luares com ondas e mares,
e canta como quem se encanta em cantar...