Todo o andar cantante
Nasce do canto verdade
A tristeza é passante
A felicidade é claridade
A resposta vem do tempo
Que é o senhor da razão
Vela aberta recebe vento
Amor abre o coração
A medida, cada um tem a sua
Como cada qual tem o seu canto
Cada sol tem sua lua
Preencha tudo com o seu tanto
segunda-feira, 21 de outubro de 2013
segunda-feira, 14 de outubro de 2013
quinta-feira, 10 de outubro de 2013
Sol na Ilha e que a
claridade nos remeta a ver melhor o que se passa ao nosso lado. Uma palavra de
conforto, um carinho, um abraço sincero não vai tirar pedaço de ninguém. Entendamos
que estamos aqui de passagem, é a brevidade pode ser nosso limite... Então faça
agora, beije agora, fale agora, viva agora... Não deixe para o próximo minuto
àquela palavra de carinho e de amor... Sentimentos verdadeiros ficam, desenham
nosso caminhar... E eles nos ensinam muito... Condicionais ou incondicionais,
duradouros ou breves, fogosos ou calmos, inteiros ou fragmentados... Todos eles
são importantes, são decisivos, estiveram em nossa vida por algum motivo forte
e arrebatador.... Ame mais, fale mais. Amanhã poderá ser bem tarde... amanhã
poderá ser “nunca mais”... Aproveite o sol e exponha-se mais... e leia
Florbela, Quintana, Neruda, Pessoa, Drummond, Cecília, Borges, Machado de Assis
e tantos outros... Escute Cartola, Candeia, Chico, Noel, Crioulo, Paulinho da
Viola, Martinho, Elis, Marisa Monte, Gonzaguinha, Fagner (esse é bom, rsrsrsrs)
e tantos mais... Abra seu coração para as palavras, para as músicas, para a
sinceridade... Boa semana a todos e que possamos
ao final do dia ser uma melhor pessoa do que quando acordamos...
terça-feira, 8 de outubro de 2013
O Sol e a Lua
No
fim de uma lua mora um sol louco de paixão em pleno outono
Dias
perfeitos fortalecem a relação
e
se tu foste somente uma andorinha
mesmo
assim, com certeza, farias meu verão
Meios
O
andar da meia lua
encontra
o meio luar
meia-noite
claridade
vontade
de iluminar
a
paixão assim inteira
me
faz querer viajar
e
mesmo assim tão longe
moramos
no mesmo lugar
Mergulho
as margens do teu rio eu mergulho sem medo
neste momento
não tenho frio
não tenho dúvida
não tenho medo
neste momento
não tenho frio
não tenho dúvida
não tenho medo
Crença
"há
braços" sempre
qualquer
que seja o tempo
e
acredite em boas sementes
e
taças de vinho seco
Acontece?
sei
lá o que acontece
acreditar
é um verbo muito arriscado
o
destino tece com linhas que não conheço
zigues
e zagues
que
costumam costurar meu coração
domingo, 6 de outubro de 2013
Uma história de verdade
Bergamotas.
Tempo nublado, sem chuva, mas choroso. As linhas do quando lavam almas, desenham nuvens e encantadoramente rasgam comentários embalados com a previsão do tempo. Enfim, detrás da nuvem um sol e uma lua beijam-se.
Vi uma cena linda, ontem, no centro de Floripa, perto do Terminal, quase na Conselheiro Mafra. Um menino de uns dez, onze anos no máximo vendia bergamotas. Simpático, atento e envolvente. Ele chamava os fregueses assim: “Bergamotas doces, para a gente ter um dia doce, bons frutos para um dia doce”.
Era isso ou quase isso, o importante é o conceito, diriam meus colegas publicitários. Vendia muito o guri. E além de vender passava alegria a quem ali passava. Eis que surge uma senhora, humilde, roupas velhas, mas bem vestida, entendes isso, leitor? Claro que sim. Ela aproximou-se do vendedor de bergamotas e perguntou: “É doce essa bergamota?”. Ela não tinha dinheiro, era visível isso.
O guri com olhos de bondade e gestos harmônicos, entre o sorriso e a compaixão, olhou bem nos olhos da senhora e respondeu: “Prove”. Ela, já com os olhos marejados, falou baixinho: “Eu não tenho dinheiro”. Ele fez que não escutou. Ela descascou a fruta. Ele continuava a vender as bergamotas.
Ela comprovou toda a doçura da fruta e do momento. Ele colocou mais quatro bergamotas num saquinho e deu nas mãos dela. Ela sorriu e saiu “devagarzinho” com um sorriso que encobria todo o seu rosto. Ele sorria ainda mais.
E continuou a vender as bergamotas: “Bergamotas doces, para a gente ter um dia doce, bons frutos para um dia doce”.
É preciso olhar a vida com olhos doces. Quem viu a cena que eu vi, com toda a certeza do mundo ganhou o dia e aprendeu muito com àquele guri.
“Olha a bergamota” – mas olhe de verdade.
Bergamotas.
Tempo nublado, sem chuva, mas choroso. As linhas do quando lavam almas, desenham nuvens e encantadoramente rasgam comentários embalados com a previsão do tempo. Enfim, detrás da nuvem um sol e uma lua beijam-se.
Vi uma cena linda, ontem, no centro de Floripa, perto do Terminal, quase na Conselheiro Mafra. Um menino de uns dez, onze anos no máximo vendia bergamotas. Simpático, atento e envolvente. Ele chamava os fregueses assim: “Bergamotas doces, para a gente ter um dia doce, bons frutos para um dia doce”.
Era isso ou quase isso, o importante é o conceito, diriam meus colegas publicitários. Vendia muito o guri. E além de vender passava alegria a quem ali passava. Eis que surge uma senhora, humilde, roupas velhas, mas bem vestida, entendes isso, leitor? Claro que sim. Ela aproximou-se do vendedor de bergamotas e perguntou: “É doce essa bergamota?”. Ela não tinha dinheiro, era visível isso.
O guri com olhos de bondade e gestos harmônicos, entre o sorriso e a compaixão, olhou bem nos olhos da senhora e respondeu: “Prove”. Ela, já com os olhos marejados, falou baixinho: “Eu não tenho dinheiro”. Ele fez que não escutou. Ela descascou a fruta. Ele continuava a vender as bergamotas.
Ela comprovou toda a doçura da fruta e do momento. Ele colocou mais quatro bergamotas num saquinho e deu nas mãos dela. Ela sorriu e saiu “devagarzinho” com um sorriso que encobria todo o seu rosto. Ele sorria ainda mais.
E continuou a vender as bergamotas: “Bergamotas doces, para a gente ter um dia doce, bons frutos para um dia doce”.
É preciso olhar a vida com olhos doces. Quem viu a cena que eu vi, com toda a certeza do mundo ganhou o dia e aprendeu muito com àquele guri.
“Olha a bergamota” – mas olhe de verdade.
sábado, 5 de outubro de 2013
Haveria possibilidade do tempo beijar as perdas
Se houvesse o vento da espera deitado no destino mesa
Onde além de outras coisas se pudesse entender da tristeza
E só assim então procurar o resgate do alimento franqueza
O verbo perder não compreende toda a exata compreensão
Pois nele estão contidos as amarguras e os ventos da solidão
Então, amigo, é preciso vasculhar o entendimento
É ver com olhos da verdade que é preciso dar tempo ao tempo
Se houvesse o vento da espera deitado no destino mesa
Onde além de outras coisas se pudesse entender da tristeza
E só assim então procurar o resgate do alimento franqueza
O verbo perder não compreende toda a exata compreensão
Pois nele estão contidos as amarguras e os ventos da solidão
Então, amigo, é preciso vasculhar o entendimento
É ver com olhos da verdade que é preciso dar tempo ao tempo
A paciência era uma jovem e educada
senhora
Na mocidade se apaixonou loucamente por
um jovem de nome Acaso
O tempo passou, passou a hora
E ela de tanto acenar cansou seu braço
------
Falei de saudade e surpreendentemente
ressurgisse em minha vida
E vi que nosso suposto esquecimento é um
hiato que tem os dias contados
Assim de repente como foi nossa partida
Será o nosso encontro sem explicações
dos dias passados
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Vejo a tristeza que se
espelha
Ao ver Minh ‘alma que
parte
Felicidade é um fogo de
palha
Que queima, que provoca,
que arde
Mora um hiato que teima
em provocar
Um abraço de esquina que
não se esquece
Vez por outra vens feito
onda de mar
Quebra, insunua e
desaparece
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