quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Aprendamos a aprender

Aprender é o primeiro verbo para se poder viver... para amar é preciso aprender... para ser é preciso aprender... para querer é preciso aprender... para entender o outro é preciso aprender... Aprender é um verbo coronário... as veias do aprender percorrem o corpo todo... o sorriso nasce assim, o beijo nasce assim, o orgasmo nasce assim, o prazer nasce assim, o amor nasce assim... Que em 2012 aprendamos a aprender... e amaremos muito mais a partir disso... Edike Panda Carneiro... que aprendeu muito em 2011...

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Receita

Liberdade é uma das cores do amor
Uma cor que misturada com harmonia e com sinceridade
Faz a vida ter mais cor

Parece simples, mas não é...

Depois de juntá-las coloque no amor muita amizade
Unte a forma com parceria e cafuné
Derrame beijos e abraços e carinhos à vontade

Leve ao coração por tempo indeterminado
E assista ele crescer com verdade, poesia e sabor

O amor compromete

O amor compromete

Assim como tem compromisso a lua e o luar
O amor compromete
Assim como a areia gosta de ser molhada pelo mar
O amor compromete
Assim como jura compromisso a terra para o colher
O amor compromete
Assim como o querer que gosta de comprometer
O amor compromete
Assim com o sol compromete-se com o dia
O amor compromete
Assim como minha poesia se compromete com teu olhar
O amor compromete
Assim como meu cantar compromete-se cm tua folia
O amor compromete
Assim como meu ombro tem compromisso com teu calar

terça-feira, 16 de agosto de 2011

O LIVRO

O livro de uma vida... final de setembro, primeira quinzena de outubro.
Assim que tiver a data definida mandarei os convites...
vem aí:

Betty Blue adora happy hour no Bagdad Café
Quando a lua não aparece e o mar fica a ver navios

Entre um café e outro

...


O olhar mexe com o corpo, arrepia a alma, aquece o mais do que o tanto...
A cor do tato desenha o corpo, redescobre a alma, expõe o mais do que o tanto...
A boca umedece o corpo, acalenta a alma, deseja o mais do que o tanto...
O amor é a refeição do olhar, do corpo, da alma e do mais do que o tanto...

...

A alma tem em sua face um luar... claridade, quase uma febre, que nos acende por dentro... o amor tem alma, muito mais do que corpo, o amor é querer estar junto mesmo na distância, o amor sempre aquece nosso rosto, feito um sopro

...

O coração explode... um arrepio grita teu nome... a esquina foi tatuada com minha sede.... e tua ausência me dá fome

...

Intensamente foi a forma que descobri para desenhar palavras
Os interruptores d’alma são toques que aceleram o sentimento
Toda essa energia vale se puder mover o coração
O resto é vento...

...

Tudo pode ser uma questão de dizer nada.

...

Já virei a página sem ter entendido o livro.
(Meu amigo, amor não é adivinhação)...

Entre um café e outro

...


Nem mesmo o mar poderá te dizer por onde andei naufragando.

...

Enfim, fica tatuado um beijo no teu coração, pra te sentires beijada sempre...

...

Lembrança é a ferrugem pelo arame da saudade...

...

Agora meu mundo estava mais próximo, não sei “próximo do que nem de onde”, mas, com certeza, estava mais próximo de algum lugar.

Lugar é um grande pássaro que adora viajar, em bandos, em bares, em mares...

...

Acordei ontem ao lado de três reticências...

...

Não me venhas falar de falta de espaço, no mesmo momento em que olhas para o céu...

...

Quem inventou o frio não te conhecia...

...

O que o mar tem pra contar, ele canta.



Essa chuva

Acende uma chuva aqui dentro
Vindo de um lustre com uma luz fraca
Uma dor conta pingos
Uma espera que o destino crava
Um “não sei lá” que responde tudo
Uma alma que não se lava
Um grito encharcado e mudo
Um querer quase absurdo
Vontade de te ver
Um amor que me faz ser
Tudo àquilo que eu sempre quis ser
E essa chuva que não passa



Cartografia

Engoliu à seco para lavar a alma... Naufragou, logo a seguir respirou e ao levantar a cabeça avistou novas terras... Acabei aprendendo com a cartografia o prazer de me perder, o prazer de desejar sempre a liberdade, seja qual forem os cursos d’água... Vou bem entre minhas loucuras e as fotografias amareladas que ainda guardo. Vejo o futuro com bons olhos e o amor parece que floresce, logo posso colhê-lo... quem saberá... Infinitamente eu me permito parar de vez em quando... Nesse momento, aí eu ando...

Contemporâneo

Nosso romance começou num bar.
Eu, tomava seu tempo.
Você, vodca.

Depois fomos num teatro.
Eu, assistia a peça.
Você, pregava uma.

Fomos num motel.
Eu, pedia uísque.
Você, vinha com gelo.

(Enquanto eu tomava a iniciativa, você procurava a sua posição)

Você caía na cama.
Eu, na vida.

Alguns meses depois, após o primeiro encontro,
nos encontramos num trem.
Eu, dizia que era primavera.
Você, parava em qualquer estação.

Anos depois, soube por alguém,
que enquanto eu escutava Caetano,
você saía com Chico, meu melhor amigo.

Marcas, tatuagens e silêncios

Espelhávamos na própria carne quando pressentíamos a dor
e tudo era uma coisa só e tudo era só
chamávamos segredo o que era intenção ardente
propúnhamos ser o que não éramos para resistir à vida
vez por outra éramos apunhalados por nossos medos
quebrávamos bússolas, rasgávamos mapas, sujávamos lentes
havíamos atingido toda a inconstância das coisas tidas como certas
e velas abertas singravam mares, bares, ares e alhos e bugalhos
entendíamos que assim resistiríamos mais
ledo engano
depois de algum tempo nos reencontramos e não falamos nada
mas havia em nossos olhares uma dor
que por não ter sentido algum
marcaria toda a nossa vida

Fomes

Era inevitável a queda
frente ao vazio que se fazia
era café sem bolacha, sem fatia
era fome o que o coração mostrava e dizia

era inevitável o pranto
frente ao exposto
era lição sem cartilha
era um mar imenso sem nenhuma possível ilha

era inevitável o fim
frente ao penúltimo capítulo que se escrevia
era final feliz sem nenhum par
era romance sem nenhuma poesia

a fome comia...

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

A paz

Toda a paz que sinto agora tem um quê que me devora
Devorou minhas angustias, inquietações e meus medos
A tristeza quando vem, passa e vai embora
Levou na mala também meus lamentos...

Minha’lma mais clara lê bem melhor os meus dias
É preciso encarar os erros para sorrir mais na conquista
O receio quando vem, passa e vai embora
Levou na mala também uma vasta lista

Lista que detalhava somente o que me prendia
Corpos, olhares, mentes, que eu sem provar engolia
Comia verdades que não eram minhas e depois ardia
Febre de não ter o que realmente eu tanto queria

Comecei assim a sorrir mais, a plantar na terra meus sonhos
A colher abraços cada dia mais sinceros
A semear nos meus caminhos a minha alegria
Em linhas que eu mesmo cosia

Fortaleci com energia o que era minha maior fraqueza
De não fazer primeiro por mim, e fazer assim para o mundo
Descobri que meu olhar aberto me fazia sorrir mais
E quem estava ao meu redor também mais sorria

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Falta pouco

O livro de uma vida... final de setembro, começo de outubro...
Assim que tiver a data definida mandarei os convites...
vem aí:

Betty Blue adora happy hour no Bagdad Café
Quando a lua não aparece e o mar fica a ver navios
Bêbado

Toma café,
toma vergonha,
toma ônibus,
toma banho,
toma jeito,
toma cachaça...
E quando quiseres...
Toma meu coração.

Motivo

Quando uma corda puxa a noite
O dia vai e se enforca de ciúme.
Quando uma corda puxa o dia
A noite vai e ser enforca de ciúme.
Quando chega a madrugada
A noite e o dia se enforcam com a mesma corda...

Cartografia

Engoliu à seco para lavar a alma... Naufragou, logo a seguir respirou e ao levantar a cabeça avistou novas terras... Acabei aprendendo com a cartografia o prazer de me perder, o prazer de desejar sempre a liberdade, seja qual forem os cursos d’água... Vou bem entre minhas loucuras e as fotografias amareladas que ainda guardo. Vejo o futuro com bons olhos e o amor parece que floresce, logo posso colhê-lo... quem saberá... Infinitamente eu me permito parar de vez em quando... Nesse momento, aí eu ando...

Desejo

Desejo


Se não posso sentir
mais do que tu me permites
ainda assim sigo sentindo
tudo aquilo que não sentes
e, quando feres os meus olhos
com teus limites,
correm em minhas veias
desejos repentes

Ao contrário do que vês,
não sou tão pura,
pois minha boca
solta uma mulher ardente
enquanto crês que me tens,
sou vã procura
embora aches que sou completa,
vejo-me doente...

Ao passo que vives encanto,
sou tortura
e, quando vivo em brasa,
és decente
O que faço por amor
chamo loucura
Talvez, por isso, eu seja inocente...

Fomes

Era inevitável a queda
frente ao vazio que se fazia
era café sem bolacha, sem fatia
era fome o que o coração mostrava e dizia

era inevitável o pranto
frente ao exposto
era lição sem cartilha
era um mar imenso sem nenhuma possível ilha

era inevitável o fim
frente ao penúltimo capítulo que se escrevia
era final feliz sem nenhum par
era romance sem nenhuma poesia

a fome comia...

Amores

Amo sempre como nunca

ainda é cedo para amar tarde
paixão é mercúrio
amor é mertiolate

teu beijo... assopra?

O que se quer

O que prezo é a plena clareza

mas perfeito nem o pretérito o é
o que queres pode não estar contido
nas porções que determinam o que se quer

As palavras nos confundem
falamos muitas vezes o que não se diz
não entendo “fugir da felicidade”
apenas por medo de ser feliz

Num momento exato é sentimento
num piscar de olhos é reflexão
desmorona em segundos o que se sente
e o que foi plantado vira inundação

Talvez

Talvez eu sonhe demais, muito mais da conta, excesso de sonhos, de voos… Talvez... Abri meu coração poucas vezes em minha vida... Talvez tivesse que ter aberto mais... Talvez... Pensei nunca mais falar coisas de amor que nos últimos tempos eu tenho falado... Sou uma pessoa cheia de defeitos, mas sincera... Tento abraçar o mundo e ajudar quem está ao meu lado, muitas vezes meus braços não alcançam e eu fico muito ruim... Talvez eu tenha que pensar mais em mim... Talvez... Sempre fui muito intenso e talvez isso não seja tão bom... Depois de muito tempo meu coração sentiu movimentos diferentes, que oxigenavam minha mente, meus gestos, meu trabalho, meu dia a dia... Talvez a poesia me afaste do mundo, eu que sempre pensei que ela me aproximava dele... Talvez rimas não comportem a vida como ela é, sábio Nelson Rodrigues... Talvez... O mundo sempre foi para mim muito simples, mesmo na maior correria, cheio de obstáculos, de problemas, eu sempre o considerei simples... Busquei como filosofia de vida, simplificá-lo ainda mais, talvez o mundo precise ser complexo, para nos fortalecer... Talvez... Estou prestes a realizar um sonho: meu livro. Momento mágico, único... Vivo um momento muito feliz... Talvez eu sonhe demais e por isso esteja tão feliz assim... mas o mundo lá fora corre, te atropela, te afasta da rima e te cobra e te cobra e te cobra... Amor tem que fazer sorrir sempre, qualquer e todo o tipo de amor... Talvez eu seja ingênuo demais. Talvez... Acredito na claridade e o que podemos fazer para auxiliar o dia ser mais claro, acredito em olhares sinceros, em abraços apertados e beijos de olhos fechados e apaixonados... Querer é o verbo mais poderoso do mundo e anda de braços com o amar... Talvez a felicidade seja uma grande construção... Mas o que eu sei acima de qualquer coisa é que as minhas palavras são sinceras...

A Dona Paciência

A paciência era uma jovem e educada senhora

Na mocidade se apaixonou loucamente por um jovem de nome Acaso
O tempo passou, passou a hora
E ela de tanto acenar cansou seu braço

Acalento

O acalento de uma alma está na busca da felicidade

Conhecer sonhos, pessoas e novos amores
Buscar em cada um deles um ensinamento, uma cor
Vivenciar o querer intensamente sem colocar datas
Sem colocar endereços, nem marcas, nem limites
Entender as tantas nuances do amor

Vivenciá-lo, pois é por ele que viajamos
E viajar, e navegar, e sonhar é prioridade
A alma assim é acalentada, o corpo assim sorri
Entregue-se ao desejo de ser feliz e assim seja
Incondicionalmente vivo e presente e intenso
Sem cobrar nada, sem pedir nada, apenas bem viver

O momento está agora e é preciso vivê-lo
Com todas as forças do coração
A brevidade da vida não conta quando encanta

Essa chuva

Acende uma chuva aqui dentro
Vindo de um lustre com uma luz fraca
Uma dor conta pingos
Uma espera que o destino crava
Um “não sei lá” que responde tudo
Uma alma que não se lava
Um grito encharcado e mudo
Um querer quase absurdo
Vontade de te ver
Um amor que me faz ser
Tudo àquilo que eu sempre quis ser
E essa chuva que não passa

terça-feira, 12 de julho de 2011

Quando se vai

Dói por dentro
Dilacera
Pá de cal
Pé de guerra
Punhal no peito
Alma calada
Sono sem leito
Beijo sem jeito
Abraço de cilada
Amor quase perfeito
Oração subjetiva
A procura do sujeito
A procura da própria vida
Objeto num olhar direto
Dói por dentro
Toda e qualquer despedida

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Agora é definitivo... em Setembro lançamento do livro:

Betty Blue adora happy hour  no Bagdad Café
Quando a lua não aparece e o mar fica a ver navios

domingo, 20 de março de 2011

Ficam uns rabiscos tatuados na lua

Minha poesia cala por um tempo
É preciso clarear o sentido
Entender que o silêncio se faz preciso

domingo, 13 de março de 2011

Felicidade, Dona Zica e Cartola

A felicidade


A felicidade assim tão perto
ela existe
e ela dorme, a felicidade,
na sala da minha casa

Entre um cochilo e outro a felicidade sorri pra mim

A felicidade de vez aparece aqui em casa

Olho minha felicidade dormindo e minha casa e meu coração sorriem


A felicidade de vez vem em minha casa
E tem olhos tão lindos
A minha felicidade



A marinheira



A marinheira dorme e a felicidade fala
Ela que gosta tanto dos mares
Navega tranquila em meus sonhos
E dorme no cais da minha sala

Sabe que pode aportar aqui
Onde as águas a deixam calma
A música embala seu sonho
E deixa mais leve a minh ‘alma



Dona Zica


“Me”liga
Diz o que acontece
Declame
Feito Dona Zica

“Me”liga
Para que eu não fique sozinho
Declame
A vida é um moinho

E quando quiseres, minha rosa
Lembre que amor não se aprende em escola
Assim, te chamarei de Dona Zica
E sonho que um dia me chames de Cartola

quarta-feira, 9 de março de 2011

Quando a lua não aparece... o mar fica a ver navios

terça-feira, 8 de março de 2011

Medidas

Um mar num dedal, no lençol um luar, medidas não são exatas, nem toda água é mar...

‎08 de Março

Às mulheres que encantam e movem nosso mundo,
com fibra, dedicação e amor incondicional.
Parabéns a elas que colorem, desenham, sonham e lutam por um mundo melhor.
Um grande beijo no coração de cada uma de vocês.
Sou apaixonado por essas fantásticas, maravilhosas e encantadoras mulheres.
Muito grato por tudo...
Mãe, irmã, amigas, companheiras, parceiras, paixões e amores.

segunda-feira, 7 de março de 2011

Madalena

Onde andará Madalena ?
que um dia eu vi beijando flor?
roubou dela seu perfume
enfeitiçou-me de amor

Veio o carnaval, ela sumiu
feito a sonhadora Colombina
Noel Rosa sem confete
Cartola sem serpentina

Onde andará Madalena?
que samba ela seguiu?
cabrocha de longas asas
ninguém sabe, ninguém viu

domingo, 6 de março de 2011

Um pequenino grão de areia (Paulo Soledade/Marino Pinto-1952)

Um pequenino grão de areia
Que era um pobre sonhador
Olhando o céu, viu uma estrela
E imaginou coisas de amor
Passaram anos, muitos anos
Ela no céu, ele no mar
Dizem que nunca o pobrezinho
Pode com ela se encontrar!
Se houve ou se não houve alguma coisa entre eles dois
Ninguém pode até hoje explicar
Só sei que depois, muito depois, apareceu a estrela do mar.....

Dizer mais o que depois de ler uma letra assim...
"vou beijar-te agora, não me leve à mal, hoje é carnaval"
Por isso confio no que sinto, confio no meu amor...

sexta-feira, 4 de março de 2011

FELICIDADE, AMOR, SAÚDE E HARMONIA SEMPRE

Parabéns Bruno... meu amigo, parceiro, companheiro, filho amado....
Tudo de bom, tenho muito orgulho de ser teu pai...
26 anos onde só me destes alegrias, carinho e amor...
Há braços sempre...

Do entendimento

O entender não compreende todo o significado da incompreensão,
pois sabe que ela existe em momentos que a loucura beija ardentemente a razão,
mesmo que muitas vezes o coração não tenha coração, a razão que não cabe em si, enlouquece feliz...

Quirina disfarça entre um gole de vodka e outro de tequila a frase “quase sem querer” e beija ardentemente seu melhor amigo, que ela conheceu ontem.

Entendeu?

melhor assim

quinta-feira, 3 de março de 2011

Do amor

O amor muitas vezes vem, destoa, desmorona
Credo em cruz – suspira Dolores
É assim sim
Assim são os amores

Trincam
Quebram
Camaleões na selva
Armadilhas nos olhares

Amores são mares
Revoltos profundos
Naufrágios de mundos

Mas viver sem amor... como se faz?

Por isso eu quero amor para sempre mesmo que dure às vezes tão pouco
Quero amor sempre e mais

Não nasci para viver em paz... definitivamente...

quarta-feira, 2 de março de 2011

Tarde demais para interpretações

O fato é que o agora já é tão tarde
Que o calendário é apenas uma folha de outono
E cada dia que passe arde
Amor não pode virar abandono

domingo, 27 de fevereiro de 2011

GRANDE MOACYR SCLIAR...

Fique em paz... GRANDE MOACYR SCLIAR... Muito obrigado por tanta "literatura", por tanto aprendizado... Quem jamais leu Moacir Scliar faça imediatamente... Até a eternidade e sabes que continuas por aqui nos ensinando... Há braços sempre

sábado, 26 de fevereiro de 2011

Moulin Rouge

O destino é ruivo
Uma dança
Nada pode excitar mais do que a vida
...Beber versos, superar feridas
Ver teus olhos a cantar
É a minha canção preferida
Simples e real
Betty Blue, Amélie, Nicole Kidmann?
Eu só quero a ti
“Haja o que houver, eu amarei você, até o dia da minha morte”

E o filme acabou

- Tu sempre fostes em todos os teus momentos um tocador de citara, grita emocionada Quirina...

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Par perfeito

O par não é preciso
Não tem um único jeito
Rotular “par perfeito”
Pensar assim não é direito

Diga-me
O que é um par perfeito?

Mas não esqueça menina
Dos momentos mais do que perfeitos
Luz de velas, vinho tinto seco, música
Carinhos intensos e sem ter fim

Tatuagens no coração descolorem
O destino usa raio laser

Mas não esqueça menina
Dos momentos mais do que perfeitos
Banho de mar na madrugada,
Lua cheia cobrindo o mar,
Sede de vida, fome de amor
Bergman, Wilander, Kurosawa

Diga-me
O que é um par perfeito?
Não faça esse jeito de triste
Sabes linda menina
Par perfeito não existe

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Espumas

Vejo a tristeza que se espelha
Ao ver minh ‘alma que parte
Felicidade é um fogo de palha
Que queima, que provoca, que arde


Mora um hiato que teima em provocar
Um abraço de esquina que não se esquece
Vez por outra vens feito onda de mar
Quebra, insunua e desaparece

Águas

A crosta
Gosta
Da água
Das furnas
Que ela faz
Algoz
Por amor demais
Beijo de correnteza
Que encosta
No corpo
Na alma
Porto de prazer
Nas frestas
Nas festas
De um mar sagaz

Bêbada onda
Que parte
Que boquiaberta
Beija feito arte
Pinceladas de desejos
Na tela nua
Feroz
Por amor demais
Abraço de lágrima
De felicidade
De alquimia
Ilha de querer
Em portos de magias
Encantadoramente infiel
Ao mesmo tempo olhar de sempre

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Quase

É a medida exata do meu amor
Do meu amor de todo uma vida

Minh’alma nasceu com o amor tanto
Desesperadamente tanto e mais

Minha vida viveu do amor quase
Encantadoramente quase e tanto

Não que isso não me fizesse
Amar muito e tanto e mais

Mas por achar que no final das contas
Todas as contas não contariam todas as medidas

Deixei as histórias dos meus amores mais suaves
Assim entre as gavetas, escondidos entre os rabiscos, moram os meus “quases”

O amor é todo dia quase sempre

Eu preciso de riscos
Para fazer poesia
Eu preciso de amor
Para buscar boas rimas

Amor para mim é todo dia
Amor para mim é todo flor
Amor para mim é todo cor
Amor para mim é todo alegria

Mesmo que venha a tormenta e afaste o dia
Mesmo que venha a tormenta e destrua a flor
Mesmo que venha a tormenta e misture a cor
Mesmo que venha a tormenta e leve a alegria

Amor continua definitivamente para mim
Quase todo o dia

Hay-Kays

I

Jardim de águas claras
Sopra inundação e correnteza

II

A pétala que corre na chuva
Desliza feito luva

Embarcações

Vislumbrava a cor daqueles olhos que há tanto não via
E lia nas entrelinhas da noite escura uma claridade
Olhos de dor, mas ao mesmo tempo de inundação de mar
Provocações de bar e recados em guardanapos
Saudade recém-chegada
Saudade embarcada
Saudade distraída
Caída diante dos olhos sonhados
Caída deliciosamente sobre o corpo
Caída intencionalmente no colo querido
Vislumbrava a cor daqueles olhos
Para poder estar mais perto daqueles olhos tão amados
Incendiados por uma solidão incontida
Detalhada em sonhos que vivi acordado
Vislumbro tua chegada todos os dias, todas as manhãs
Quando da tua chegada descreverei realmente o que seja claridade
E entenderás todo o tamanho das palavras que escrevo agora

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

O LIVRO

CAROS AMIGOS: AGORA É REALIDADE. MEU LIVRO ESTARÁ NAS BANCAS A PARTIR DE SETEMBRO DE 2011. CONTRATO FIRMADO. AGUARDEM... OS RABISCOS TRANSFORMADOS EM LIVRO. MUITO OBRIGADO A TODOS QUE COM MUITA ENERGIA POSITIVA POSSIBILITARAM A REALIZAÇÃO DESTE SONHO. BRIGADUUUUU.... HÁ BRAÇOS

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Quando o amor pode ser Armação?

Obs: Trata-se de um rabisco literário, qualquer semelhança com a realidade é mera coincidência.

Nunca, em nenhum momento de minha vida, eu estive tão apaixonado por ti como agora. Inúmeras vezes me apaixonei por ti, sei disso, mas nunca como agora. E eu não sei o que eu faço com tudo isso. Ninguém controla um coração, também sei disso. Cada dia que passa é mais difícil te ver e não querer gritar para todo mundo ouvir “Nossa, com te gosto”. Hoje quando te vejo, disfarço o olhar, não olho diretamente para os teus olhos, tento disfarçar, furtar meu olhar desse meu enxergar que já me condena. És o que eu quero de uma mulher. Tua sinceridade que tanto me magoa também me fascina. Se não somos unha e carne, que sejamos fato, um ato desses planejados, indefectivelmente arranjado, arranjos de céu, de corpo e de alma – tal uma canção da Maria Gadú... Desmilinguido, feito um pedaço de dia nascido num café preto de alguma madrugada febril e encantadora. Um amor descabido, refletido já faz uma década. Inteiro e ao mesmo tempo tendo como divisão, frangalhos... Raios rompendo um céu azul e trazendo chuva, banho nu de alma e de corpo... Nascida num Porto e que me faz tão Ilha. Queria te provar que meu amor vale a pena e que a vida deve e deverá ser mais serena para quem gosta de ouvir Cartola, Noel e àquela música diferente da África do Sul. Sei que entendes o que digo. Sejamos práticos, frios, quase árticos. Acredito que a natureza nos coloca em frente de seres que nos provocam nossas próprias provocações e nos permitem sonhar com todas as cores dos nossos sonhos. Somos um anzol no fundo do mar... Queremos todos os peixes, mas sonhamos com um. Um destino de quem nos fala só a verdade e a verdade nos permite uma mentira eterna de amor. Contraditório? Não, claro que não... Tua boca faz parte desta minha arte que de tão louca faz dessa tua boca minha rima que me faz fugir da alma triste que tenho por não te ter. Sem vírgulas. Confuso? Não, claro que não, somente este fuso de anos luz que teima em não te trazer para mim. Quero te levar para o teatro, para o show alternativo num bar esquisito, e fazer de um banho de chuva, de um programa de índio, algo sempre bonito, porque tu estás. Só queria te dizer que num mundo tão feio em que vivemos, no que se refere ao inteiro das pessoas, talvez sejamos um dos casais mais bonitos que conheço. Deves me achar lunático. Eu sou. Olha para a lua, lá estou eu te “luarizando”. Talvez eu seja a resposta que procuras e eu por ser “tão pergunta” nem sei mais redigir a frase e não sei deixar claro tudo isso. Deixa eu te cuidar. Saiba que mesmo te cuidando poderás voar, pois teus voos de pássaro refletem a possibilidade do amor ser livre e que ele pode pousar com segurança, qualquer que seja o vento. Eu posso te satisfazer. Dane-se a química. Eu faço curso, eu estudo mais, eu passo no vestibular, eu decoro as fórmulas para te ter. Eu mudo de língua para te ter. Eu traduzo àquele hai-kai indiano se for preciso. Acredite, a cada momento que vivemos perto eu nos vejo em cada momento mais juntos. Analise. Tente se provocar um pouco. Somos suficientes no que precisamos, tu e eu. Por saber a pessoa que és e que eu tanto te admiro e por hoje saber a pessoa que sou, tenho certeza que nos merecemos. Merecer de merecimento. Temos tudo para ter uma vida muito feliz, dentro dos nossos padrões de felicidade, dos nossos, friso bem. Talvez eu possa te cuidar além do que imaginas e talvez te cuidar seja o caminho da minha felicidade. Eu preciso de ti, porque eu acredito que quem ama pode tudo. Se tudo o que escrevi não te mover músculo, alma, gesto algum, me diga. Pois preciso saber o que eu faço com tudo isso.

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Marinheira

Um amor em cada porto
Um corpo para cada amor
Uma dor em cada sopro
Um corte para cada dor

Uma viagem
Um atalho
Uma bagagem

Um trilho
Uma estação
Um voo

Um sonho
Um sumiço
Uma embarcação

Um amor de cais na ilha
Um amor para ter colo e cor
Há um certo momento na vida
Que é preciso reinventar o amor

Pane

Mesmo sem a cor do voo parto
Quebro
Lanço-me às alturas

Quero buscar tua boca
Qualquer que seja o céu
Fazer de minh ‘alma um avião
Simples, livre, de papel

Papel para fazer poesia
Para fazer barcos e guias
Para desenhar e colorir

Quero buscar teu olhar
Qualquer que seja a beira
De rio e de mar
Entregar-me a tua vida marinheira

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Distância

De novo não estás aqui.
Eu faço de tudo para que mesmo assim estejas.
Loucura da não presença que acompanha,
que me almoça,
e me janta,
que dorme aqui

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Línguas

Eu já nem sei o que meu querer quer me dizer
Talvez esteja mais confuso do que eu
Talvez não entenda que para esquecer
É preciso explicar o que aconteceu

Ao passo que os quereres têm “quês”
E que eles não falam uma mesma língua
O teu querer fala por sinais
E o meu fala somente português

Preciso assim que reflitas e sintas
Que a vida precisa tanto de bem querer
E que o amor pode nascer
Na invenção de uma outra língua

Absolutamente

Têm dias que eu sou cantante
N’outros o silêncio bate
E na forma mais errante
Beijo de mercúrio em que me arde


Depois vem o sopro com tanto carinho
Sem compromisso mas preciso sem entendimento
O que me dizes não absolutamente foge do teu caminho
Mas com certeza afasta definitivamente meu sentimento

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Quatro quadrinhas escritas com endereço definido (Pois)

Acontece que a dor é menor do que o prazer
É melhor te ver do que inventar que não existes
Pois o amor nunca poderá ser algo mais triste
Do que a ideia de nunca mais te ver

Ao regar nossa incondicional amizade
Talvez eu possa entender este bêbado destino
Pois o sonho daquele terno branco de linho
Poderá ser costurado com a linha da possibilidade

É teu caminho de marinheira que hoje percorro
E nem sei amanhã qual será o encaminhamento
Pois alquimia tem tudo a ver com sentimento
Às vezes quem naufraga nem pede socorro

É melhor acreditar no amor verdadeiro
Mesmo que ele não seja correspondido
Pois é importante entender a história
E para isso o livro haverá de ser todo lido

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

A menina do lado B

Meu amor é distraído
Nunca foi lido totalmente
De vez ele se perde,
Noutras, se perde de novo
E quando menos se espera,
Volta a se perder

Sei... eu quero teu coração
Mas também quero um mapa
E amizade bem regada pode virar paixão

Da explosão

Minha poesia detona o estopim.
Não ligo para explosão.
Enfim...

Da flor da pele

A flor da pele
Rosa não deve ser
Minh’alma eu mesmo lavo
A rosa não brigou comigo
Aliás... eu nem sou o tal cravo

Dedal

Nada pode ser mais fatal
Do que um dedal no fundo do mar
Quando o destino costura

Dos pedidos

No final do ano fiz um pedido...
Que teus olhos passassem comigo a noite do dia 31
Fui atendido...
Queria a tua companhia... ganhei-a

Talvez por isso tenha te perdido de vez

Quintanares de janeiro

Tantas notas musicais pelo meu caminho
E eu tão desafinado
É melhor ficar sozinho