Manhãs
Abril de uma manhã intensa
extensa foi tua carta
imensa minha saudade
às vezes o que nem fere hoje
amanhã vem e mata
Comeram as reticências
as vírgulas e as broas
beberam a compaixão
limparam a desculpas com Q-boa
e a vida passa
e a vida borda
e as lágrimas lavam as escadarias d´alma
Águas
O céu prepara a lágrima
um guarda-chuva protege a alma
línguas atropelam a fala
águas rompem calmarias, Marias e broas
água na boca vindo de um céu da boca
numa taça de um vinho um mundo todo
encharcar é o prazer da lágrima
quando namora um lenço
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