quinta-feira, 26 de dezembro de 2019


Ressuscitar o amor uma vez por ano não é amor, é remorso.
Amor tem que viver 365 dias por ano.
Aí sim... 
Poderemos festejar.

domingo, 22 de dezembro de 2019

Canção das Idas

Em algum lugar eu fiquei
Sem saber eu parti
Desgovernei sem querer
Por quais motivos eu nem sei
Só sei que aprendi
Num dia a gente se vai
N´outro chora para voltar
São fases que a gente passa
Tem noites que a lua vem
N´outras ela quer descansar
Trago tristezas e lições
Enveredei entre labirintos
Mas aqui dentro eu sinto
Que apesar dos perdidos
Nos achados eu sobrevivi
Eu escrevo
Hoje sei os nomes de quem sabe a importância do que sinto
quando eu escrevo
Escrever dói, machuca, entica
Escrever é meu bem
Deixarei meus escritos
E a certeza que o amor é a primeira resposta
Para todas as perguntas
Talvez tenha que mudar meu endereço
Mas eu que sempre fui Fênix
é um dever e um direito recomeçar
Deixe-me voar
As asas que me acompanham
Minha gratidão
Sou a sinceridade que nesse mundo
As vezes não dá certo
Mas eu insisto com dedo em riste...
Amor EXISTE...
Eu tenho um de quarenta anos...
De nome Márcia...
Beba Poesia, com diz meu amigo Cláudio
Se tudo implode, o amor RESISTE
Depois de um Hiato

Misturei meus ansiolíticos
Com poemas líricos que adoro
Nada como antes, diria Dante e seus infernos
Eu faço poesia, reitero
Eu leio Pessoa e Augusto dos Anjos e Augusto agora
Vem a ser meu neto, AMOR é água em pleno deserto...
Eu leio Quintana desde aos dez... E Érico desde Torres...
Adoro Florbela, Cecília e Coralina...
Apaixonado por mulheres, são mais sinceras e poderosas
E escuto Cartola e Chico e Mart'nália e Social Club...
Caetano e rei Gil...
Gosto de Supertramp e Santa Esmeralda e danço Sidnei Magal, eu juro
Adoro vinho e dominó...
E jogar conversa fora para me achar aqui dentro
Reitero, eu faço poesia...
O que é sucesso... se não...
achar engraçado nós mesmos...
Acredite... não temos gavetas...
Somos jasmim, como diria Mira,
Somos Mergulho, como diz Luiza,
Somos Bem-Vindo...
E tudo que é bem... merece ser vivido
Um arco-íris é composto de todas as cores,
É preciso respeitar todas as tintas,
É preciso desenhar, rabiscar, mergulhar, errar sem medo,
A vida precisa andar na corda bamba, correr riscos,


Desvendar corpos e desvendar segredos
Dentro de mim mora uma procura,
Onde o achar não é necessariamente uma cura,
É tão somente minha loucura desenhada, pintada, liberta

quarta-feira, 27 de novembro de 2019

Origami

Dobraduras do tempo.
Harmonia.
Calma.
Concentração.
A vida é assim.
Dobras com cuidado.
Dobras com carinho.
Dobras com cautela.
Dobras com exatidão.
Dobraduras do tempo.
De repente a imagem, o fato, a construção.
Meu coração origami reinventa-se e “se” dobra.
Feitio

As linhas que beiram os cobertores
sabem e já moraram no frio
por isso cosem com atenção
atentam bem aos pontos
julgam ser alma tudo que seja coração
nas noites de muito frio
o que vale mais é a lembrança do feitio
Eu faço poesia, 
talvez não faça nada melhor do que isso... 
me compreendam, 
me perdoem: eu faço poesia...

domingo, 24 de novembro de 2019

Quero a paz do meu ninho, 
pois as asas que me amam
não me deixam em desalinho...

terça-feira, 19 de novembro de 2019

Saudalejar

Seu nome saudade
Menina de seios rijos
Pouco ou nada de juízo
Cheiro de leite
Sabor de flor

Seu nome amor
Menino de dentes livres
Brancos que um dia eu tive
Cor de mar
Imensidão de grão

Seu nome paixão
Mulher de lábios fatais
Afã de talvez, clã de jamais
Música de cor
Verbo “saudalejar”
Na roda viva que roda a vida, 
entre chegadas e partidas
mora o incondicional
amor sincero...
Conversas

Ainda assim, acredito em minha varanda, em minha rede, em minha poesia... acredito que tudo é simples demais e complicamos tudo. Ainda assim, acredito em andar de mãos dadas, em dormir de conchinha e outras posições de encaixes. Ainda assim, sigo a buscar, a "me" perder, a "me" encontrar e, tenham certeza que o tempo passa rápido
demais e precisamos aproveitá-lo com muito amor, em todos os sentidos. Ainda assim, continuo a passear na praia, a escutar as gaivotas e a todo o momento resgatar o menino que mora dentro de mim. Às vezes me pergunto se estou no mundo certo. A resposta vem rápida: com certeza, não.
Luas

Repartiram os traumas, juntaram as camas, as coxas, as crises.
Alugaram uma quitinete.
Compraram fogão, geladeira e uma garrafa de vinho branco.
Trocaram olhares maliciosos, penduraram um quadro, contaram até quatro.
Ah! Era quarta.
Beijaram-se muito, muito mesmo.
Perderam o ar, os sentidos e uma pulseira que ela ganhou da tia.
Juraram amor eterno.
Ele, vestiu seu único terno.
E foi tentar, tentar, tentar.
Já era quinta, sexta, sábado, domingo, segunda, terça, quarta de novo...
Colcha de retalhos

Meus amores estão nas entrelinhas de minha poesia
estão cobertos de rimas
estão encobertos por uma poeira fina de nome paixão
juntei tecidos tantos por tantos anos
tecidos suaves, finos, retalhos diversos e seda e chita
costurei uma colcha quente de lembranças
para acalmar meus invernos
Estamos num tempo 
que qualquer fagulha 
é luz...

quarta-feira, 13 de novembro de 2019


Leituras de Florbela

Encanta-me tua ausência
Para que assim eu possa falar
De todo o meu amor...

Longe de ti meu coração a todo instante padece
Mais parece um amontoado de carne
A deitar-se sobre a dor

Espinhos de sentimentos controversos
Tais sonetos de Florbela
Rasgos a dilacerar meu peito

Que sobrepõe ao próprio medo de te perder 
Por teres asas
Muito além das janelas

Assim sigo a buscar tua presença
Mesmo que teu corpo aqui não esteja
Mesmo que o vazio teime a preencher a vida

Onde a solidão escancaradamente "me" habita
E por ter uma febre assim tão louca
Minha compreensão do amor lateja



sábado, 26 de outubro de 2019

Amores

Quirina escuta o andar de Dolores.
Quirina inquieta escuta o andar de Dolores.
Quirina pergunta a Dolores.
- João deixou recado, Dolores ?
Dolores, com a face rosada e com um beijo marcado no pescoço, responde.
- Que João ? Ah, o João... Esteve aqui. Muito rápido... e deixou um recado...
- Mas tinha que ser no teu pescoço, Dolores ?

(Tomaram café juntas anos depois, e riram muito, por muitos anos...)
Já virei a página sem ter entendido o livro. 
(Meu amigo, amor não é adivinhação)...

A flor da pele pode não ser rosa.
O que intriga não é a briga do mar com a areia.
O que me intriga é a estrela,
que depois de conhecer o cais virou sereia...
Quadrinha do querer e da liberdade



Deixe aberta a janela do destino

Para a vida não ficar, assim, tão tonta

E quando, por encanto, tocar o sino

Deixe o amor, em liberdade, tomar conta

quinta-feira, 24 de outubro de 2019

Pano para manga também aquece

Costuram linhas, fazem chuleios, em panos quentes
Incandescentes tecidos, agasalhos de inverno forte
Linhas apaixonadas por encantadas pandorgas
Ventos inteiros a levar velas em busca do sonhado norte
Linhas de horizontes coloridos, linhas verticais a subir sem medo
Encontros de linhas, trens do nosso destino a desenhar caminhos
Navegações sem bússola a desvendar todos os segredos
Cobertores que em noites de frio não nos deixam sozinhos
Um conto de sarda


Uma menina com sarda
Brincava atrás da cortina
Desenhava uma fada
A solitária menina


Queria que a fada
Num toque de sua varinha
Retirasse do seu rosto a sarda
E ela detrás da cortina


A fada não entendendo nada
E achando tão bela a menina
Num toque doce de fada
Desapareceu com a cortina

segunda-feira, 21 de outubro de 2019

Um segredo de gaveta e de mar

Dentro de minhas gavetas, onde guardo meus sorrisos, mora um punhado de conchas
Prefiro o riso
Encaro riscos pelo riso
A solidão não me faz sorrir
Nem faz sentido
E o relógio corre amarrado
Em cordas sem nós
Abraçado em tics, em tacs
Ampulhetas enterradas
na própria areia

domingo, 20 de outubro de 2019

Volumes

Eu rio muito contigo... chego a ser mar..
Carta de uma bruxa

Guardo numa caixa
Numa caixa de música
Uma carta de uma bruxa
Falando de amor e de medo
Disse que era segredo
Para guardar no coração
Um dia mostrar para o Engenho
E fazer dela canção

Arde o tempo
Sopra o vento
Vela aberta na Conceição

Arde o tempo
Sopra o vento
Amor é ave de arribação


Eu tinha mais cabelos e menos peso
Eu tinha mais vontade e menos paciência
Eu tinha mais audácia e menos controle
Eu tinha mais sonhos e menos realidade
Mas o que tive e tenho foi verdade
Com mais ou menos intensidade
O que trago junto a minha certeza
É que sempre busquei a felicidade
E o leme é meu
Se não fiz tudo certo
Eu fiz de coração

quinta-feira, 17 de outubro de 2019



Seca

Que chuva tamanha que beija a seca,
A minha seca boca.
Chuva que molha as roupas do passado
E dá febre.
Uma febre tamanha que queima a seca,
A minha seca boca.
Uma sensatez louca.
A previsão é que a chuva tamanha não pare,
Então, que encharque.
Só pra te olhar
Vou aproveitar a chuva para lavar a alma,
para disfarçar a lágrima,
para limpar o poço...
Vou aproveitar a chuva para lavar o sábado,
para disfarçar a seca,
para limpar "o posso”...
Vou aproveitar a chuva para lavar a terra,
para disfarçar a vodca,
para limpar “o nosso”...
Vou aproveitar a chuva para lavar o quintal,
para disfarçar o mar,
para limpar “o bom moço”...
Vou aproveitar a chuva para lavar as mãos,
para disfarçar o tempo,
para limpar a vidraça...
Águas e afogamentos

Um mar inteiro em céus de bocas
Palavras a navegar soltas
Remos a remexer mágoas
Vem teu beijo
E teu beijo me salva
Minha alma está assim a permear o mar que tenho dentro de mim
Vivo cada segundo e cada segundo é uma conquista
Não faço planos, não faço barulhos, não faço listas
Percorro prantos e cantos quase sem motivos ou por tantos
Uma solidão inquietante entrega-me
Arde um vento que ao mesmo tempo que leva me traz


Nunca usei atalhos... a pressa não me encantava
Demorei para fazer quase tudo e quando fiz, fiz por que eu amava
Esqueça as bulas e as fórmulas
Esqueça a cartilha e a agonia de ter somente
Beije sem tempo e em qualquer lugar
Sujeito indeterminado é o que não soube amar
Nunca fui sujeito oculto e isso também dói demais
Perdas também são palavras
Que não foram ditas
Tem gente a apostar no ódio e tem gente que pelo amor faz a luta... 
sem ternura e sem arte não se anda... 
não se muda...
Decididamente e de certo
Pandorgas necessitam de mãos e de quem as guie
Decididamente e de certo
Mãos nescessitam de sonhos e de linhas
Entenda, pois, dois é uma equação singular de tantos graus e degraus, 

mas não use luvas quando quiseres mostrar claridade
Precisamos curar a alma.
Para que o coração possa sorrir
Enxergar de verdade.
Que o ódio faz ferir.
É em cada um de nós
Que mora o resistir.
Que floresçamos...
Tem dias que eu sou cantante. 
N’outros o silêncio bate.
E na forma mais errante. 
Beijo de mercúrio em quem me arde.
Minh’alma dói
Não imaginava que alma poderia ter tanta dor
Por anos achei que alma segurava todas as dores do coração
Ledo engano
Não se pode usar mertiolate n’alma
Nem se pode dar anestesia nela
Minh’alma dói...
Rasgos
Peito aberto
Lanhado
E não me venham com esparadrapo...
A vela costura e borda
E singra mares
Assim como quem
corta um retalho
Um terno de bom feitio e de boas lembranças
Faz com que naveguemos
E que tenhamos boas vestes para nossa alma
Cuide bem de suas linhas
Têm dias que vento é beijo
Têm dias que vento é distância
Têm dias que vento é “vou”
Têm dias que vento é “vem”
Têm dias que vento
só me faz buscar o ar

segunda-feira, 23 de setembro de 2019

Lareiras

O meu corpo veste roupas novas
minha alma rejeita
não acolhe
ela quer o velho cachecol do tempo
que aquece minhas velhas poesias

Inspirações

Toda vez que me permitia
Recorrer ao que não sabia
Brilhava os olhos do acaso
Iluminando meus dias!

Manuel dava bandeira
Para uma musa Cecília
Toda vez que se permitia
Recorrer ao que não sabia!

Que seriam dos anjos de Augusto
E das pessoas de Fernando
Se todas as palavras da boca
Passassem no mundo voando?

Toda vez que me permitia
Recorrer ao que não sabia
Quintana conversava na varanda
Iluminando meus dias!









Só pra te olhar

Vou aproveitar a chuva para lavar a alma,
para disfarçar a lágrima,
para limpar o poço...
Vou aproveitar a chuva para lavar o sábado,
para disfarçar a seca,
para limpar "o posso”...
Vou aproveitar a chuva para lavar a terra,
para disfarçar a vodca,
para limpar “o nosso”...
Vou aproveitar a chuva para lavar o quintal,
para disfarçar o mar,
para limpar “o bom moço”...
Vou aproveitar a chuva para lavar as mãos,
para disfarçar o tempo,
para limpar a vidraça...


Origami

Dobraduras do tempo.
Harmonia.
Calma.
Concentração.
A vida é assim.
Dobras com cuidado.
Dobras com carinho.
Dobras com cautela.
Dobras com exatidão.
Dobraduras do tempo.
De repente a imagem, o fato, a construção.
Meu coração origami reinventa-se e “se” dobra.





Abril

Invariavelmente a certeza devora a ocasião.
Mesmo assim o menino acaso disfarça e deixa a razão.
Talvez o amor seja um fato que precise de uma segunda opinião.
Talvez a dor seja o primeiro ato de uma peça chamada paixão.
Talvez eu nunca tenha amado de um jeito tão sincero.


@mor

.com carinho
.com paixão
.com selinho
.com tesão
.com verdade
.com saudade
.com tudo
Contudo não é bem assim... finaliza Dolores.



Já virei a página sem ter entendido o livro. 
(Meu amigo, amor não é adivinhação)...


O coração explode... 
um arrepio grita teu nome... 
a esquina foi tatuada com minha sede.... 
e tua ausência me dá fome



O olhar mexe com o corpo, arrepia a alma, aquece o mais do que o tanto...
A cor do tato desenha o corpo, redescobre a alma, expõe o mais do que o tanto...
A boca umedece o corpo, acalenta a alma, deseja o mais do que o tanto...
O amor é a refeição do olhar, do corpo, da alma e do mais do que o tanto...

Cochilo

Meu abandono tem sono
e acorda em teus braços
quase sempre.

De surpresa
Vou me disfarçar de nunca mais 
para pegar o amor de surpresa...
Talvez assim ele apareça...






Essa chuva

Acende uma chuva aqui dentro
Vindo de um lustre com uma luz fraca
Uma dor conta pingos
Uma espera que o destino crava
Um “não sei lá” que responde tudo
Uma alma que não se lava
Um grito encharcado e mudo
Um querer quase absurdo
Vontade de te ver
Um amor que me faz ser
Tudo aquilo que eu sempre quis ser
E essa chuva que não passa

Outono da minha face


Quem olha agora a minha face
Não imagina a cor que nela havia.
Estou outono.
Folhas secas.
Metade vinho tinto.
Metade abandono.
Sou hora do plantio em época de estio.
Quem olha agora minha face
beira à flor da pele e o arrepio.
Estou outono,
Esperando, sem mangas, o frio...

sábado, 21 de setembro de 2019

As desculpas

Depois vieram as desculpas,
que usavam luvas e falavam baixo...
Nunca entendi tantos dedos,
já que eu sabia do que se tratava...
Vez por outra deixavam somente recados,
avisavam que não mais voltariam
e, logo depois, voltavam...
E com elas chegavam outras palavras,
que eu não entendia muito bem seus significados...
Mas até aquele momento,
as desculpas não se importavam com o que eu poderia ter achado...
Algumas chegavam bêbadas,
outras chegavam sem avisar,
e outras tantas não sabiam nem o que falar...
Nunca me preocupei em entendê-las,
mas entendia o que elas queriam mostrar,
assim ficava mais fácil conjugar o verbo desculpar...
E assim foi quando eu perdi meu par...
Depois vieram as desculpas,
que usavam luvas e falavam baixo,
que me ensinaram de um jeito especial
a verdadeira face do gostar...
Colcha de retalhos
Meus amores estão nas entrelinhas de minha poesia
estão cobertos de rimas
estão encobertos por uma poeira fina de nome paixão
juntei tecidos tantos por tantos anos
tecidos suaves, finos, retalhos diversos e seda e chita
costurei uma colcha quente de lembranças
para acalmar meus invernos
Rabisco

Não quero inventar a felicidade, também não passa por minha cabeça escrever um manual de como se faz ou não se faz... tudo aqui, de repente, é tão rápido, é tão curto, é tão depressa... então não priorize os problemas, veja o que existe no coração e dê voz a ele... simples como bolinho de chuva recheado com banana e com àquele café da vó e uma musiquinha do Lupicínio e do Cartola lá no fundo... A poesia quando estala é franca, não estanca e ela grita... talvez a felicidade precise de estalos e beijos com gosto de tardes de sextas-feiras... o sol nascerá amanhã ... tenha certeza... confabule com a felicidade todo o dia... dentro de mim mora o que penso ser feliz e estou atrás disso... e todo dia entendo que o despertar é um riso intenso... sem nenhum ódio escondido...
Fomes

Era inevitável a queda
frente ao vazio que se fazia
era café sem bolacha, sem fatia
era fome o que o coração mostrava e dizia

Era inevitável o pranto
frente ao exposto
era lição sem cartilha
era um mar imenso sem nenhuma possível ilha

Era inevitável o fim
frente ao penúltimo capítulo que se escrevia
era final feliz sem nenhum par
era romance sem nenhuma poesia

A fome comia...
A linha

A felicidade é uma linha... 
uma voz que corre a linha... 
uma linha que é feita de nós... 
Uma nota musical alinhada com o querer... 
a simplicidade é amiga da linha... 
o tempo é parceiro da linha 
e o amor é o tear...