segunda-feira, 22 de novembro de 2010

O amor e seus fusos-horários II

Todo o rumo que se toma tem um desvio planejado
Nem todo norte é saída, nem toda a bússola é aliada
Dias de pessoa certa na hora por demais errada
Dias de pessoa errada num destino arranjado

Passamos a vida inteira tomando tantos caminhos
De andarilho ao sonhador, do silêncio ao poeta
Num querer não estar mais assim tão sozinho
Procurando encontrar a hora e a pessoa certa

Vem uma canção feita somente de mi
Uma nota sozinha que se faz canção
Mas a hora e a pessoa não tem a concordância
E o sujeito não entende toda a conjugação

Mas o destino, muitas vezes, é um cúmplice, um aliado
E pede, quase aos prantos, a compreensão
Diz que falta pouco para o rumo tão sonhado
E me abraça, tal um fiel amigo, e diz para que eu ouça meu coração

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