Outono da
minha face
Quem
olha agora a minha face
Não
imagina a cor que nela havia.
Estou
outono.
Folhas
secas.
Metade
vinho tinto.
Metade
abandono.
Sou
hora do plantio em época de estio.
Quem
olha agora minha face
Beira
a flor da pele e o arrepio.
Estou
outono,
Esperando,
sem mangas, o frio...
Quando se vai
Dói
por dentro. Dilacera.
Pá
de cal. Pé de guerra.
Punhal
no peito. Alma calada.
Sono
sem leito. Beijo sem jeito.
Abraço
de cilada. Amor quase perfeito.
Oração
subjetiva. A procura do sujeito.
A
procura da própria vida. Objeto num olhar direto.
Dói
por dentro. Toda e qualquer despedida.
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