O que se
poderá ser terá o querer que se há?
Quem
entenderá o olhar?
Àquele
olhar que estou falando
Um
não sei que
Que
encaixa incômodo
O
enfadar que enfarta o farto amor querido
Que
existe num modo econômico
Para
não gastar energia e beijo?
Quem
entenderá o olhar hidramático?
Àquele
que vê a marcha passar sem controle
Um
não sei que
Que
atravessa a faixa
O
tentar que sua a testa
A
sua testa que beira o tal olhar
E
que assim se afasta do calor que assusta?
Quem
entenderá o olhar decassílabo?
Àquele
que nasceu soneto e virou quadrinha
Um
não sei que
Que
determina que nada saibamos
E
que aumenta a transpiração e colore as meninas
De
olhos soltos numa clara escuridão?
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