sexta-feira, 14 de maio de 2010

Desejo

Se não posso sentir
mais do que tu me permites
ainda assim sigo sentindo
tudo aquilo que não sentes
e quando feres os meus olhos
com teus limites
Correm em minhas veias
desejos repentes
Ao contrário do que vês
não sou tão pura
pois minha boca solta uma
mulher ardente
enquanto crês que me tens sou vã
procura
embora aches que sou completa
vejo-me doente...
Ao passo que vives encanto
sou tortura
e quando vivo em brasa
és decente
O que faço por amor
chamo loucura
Talvez por isso
Eu seja inocente...

Um comentário:

  1. Esse poema, entre TODOS os maravilhosos que se abrem e deslizam das tuas mãos e alma, esse me descasca poro por poro, me desencapa e me traz a vida, em anos, dando choques de tempo... Ô poeta...que tanta coisa linda que tens guardado aí dentro !!!!

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