A linha que separa a dor do beijo é invisível
Não vês minha dor, nem sentes quando latejo palavras.
Pedes meu sorriso agora e sempre.
Disfarço um mundo para me dedicar ao beijo.
Minha dor é um fantasma, correndo por entre corredores e assaltando correntes.
Pedes agora e sempre meu beijo.
Toda essa vida, vida essa que é tão minha,
desbocando num mar, na lida,
perco o rumo, o mapa, a linha...
(E, Dolores, brincando com aquele imenso carretel, diz que a linha do trem é partida...).
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