O medo é um rasgo que nos impuseram, junto a ele vieram
vendas e vieram algemas e vieram mordaças. Não ter medo do medo é a esperança
de dias melhores. O que nos faz pulsar, muitas vezes, também, faz doer e é
preciso se entregar quando queremos, de verdade, ver. Quem vive com medo deixa
a vida somente passar. Existe em meu olhar uma pressa, uma coisa que bole, arde
e agita. Sinto que estamos num intermeio de eras, de difícil compreensão. Um
passar a limpo de ideias, de ideais e sobretudo uma luta árdua entre ficar preso
a coisas que não acreditamos e ser livre apesar de tudo. E apesar de tudo é preciso
não ter medo.
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