sexta-feira, 29 de março de 2019

Admito, senti o golpe

Que dor é essa que carrego, que me arrasta, que dói tanto...
Eu não sei que dor é essa, mas sei como ela age.
Sei que como me apunhala, me faz corte, me põe amarras.

Minha luta me deu cicatrizes, e meu corpo sente, como nunca sentiu, as marcas que minha resistência gerou.

Minha escrita, que sempre foi e é uma paixão de vida, também trouxe essa dor. Sempre escrevi o que quis e sentia e sempre segurei com firmeza as retaliações, sempre resisiti e vejo agora minhas forças sucumbirem...

O que me faz acreditar que essa dor irá passar são palavras da minha família, dos amigos fiéis e de minha amada companheira...

Sei que não estou só nesse momento, talvez precise de mais palavras amigas para me reerguer... por que o que vejo nas telas, nas manchetes e nas redes do ódio dilacera e me faz calar. E eu não posso me render a tantas provocações e retaliações. Desculpe o desabafo, mas a energia que paira no mundo, principalmente no Brasil, desenha essa dor. 

Sou obrigado a admitir: “Senti o golpe”.
Como diz minha irmã, talvez eu precise de “há braços’. Nada como uma noite de sono, amanhã amanheço mais forte.

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