quarta-feira, 30 de abril de 2014

Dizeres

O amor deve regar à flor da pele
Por que o que arrepia, cutuca, aproxima
É uma cachaça, uma ambrosia
Um sentimento que dá gosto, alegria
Que provoca o querer, alquimia
Que remexe, bole, mistura
Que dói, que deixa a face rubra, que cura


O tempo e o vento e outros livros

Haveria possibilidade do tempo beijar as perdas
Se houvesse o vento da espera deitado no destino mesa
Onde além de outras coisas se pudesse entender da tristeza
E só assim então procurar o resgate do alimento franqueza

O verbo perder não compreende toda a exata compreensão
Pois nele estão contidos as amarguras e os ventos da solidão
Então, amigo, é preciso vasculhar o entendimento
É ver com olhos da verdade que é preciso dar tempo ao tempo



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