Aparentemente
o querer transparece
Quase por quase não querer que o espelho
enxerga não querendo ver
Num instante presume que o amor é
constante, n’outro beira o acaso
Diz que não quer, que não sente saudade
e disfarça assim o querer
E quer que o tempo corra, pois, meio
poço cheio de um ângulo é raso
Imensidão pode encher parcialmente um
dedal
Um vazio pode preencher totalmente o
tanto
O vento muitas vezes não quer falar com
o varal
E bem no canto do canto mora um canto
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