Uma noite (Guerra e Paz)
Restam detalhes debruçados numa varanda coberta de chuva
Palavras que não se ajeitam, permeadas de um silêncio inquieto e gritante
Um sentimento que mesmo preenchendo tudo nada pode fazer
Um vazio de imensidão, latente, intrigante, risonho, tristonho, sem fim
Um ponto qualquer entre a paixão e a tormenta que atormenta o ponto da paixão
Um verão encrustado num frio agosto, um rio coberto de lençóis que cobrem a noite
Queria assim mostrar este meu amor constante em cada linha que escrevo
Em cada veia, em cada canto, em cada nervo que lateja e toma forma de poesia
Um amor tão perto, deitado na minha cama, uma chama que contenho na sala
Um não sei que de não preciso misturado com a vontade do beijo lido
Um correr risco de falar só a verdade e a dor de ouvir só a verdade
Uma noite de chuva rompendo a madrugada de um pranto seco
O tempo da gente tem horário de verão quase que frequentemente
Um feitiço feito filme de Àquila, um Falcão perdido numa noite sem o rosnar da fera
Duas garrafas de vinho, sem meio termo, sem meia dose, sem meias palavras
Um todo jogado na correnteza de águas que lavam almas e rostos cansados
Uma tristeza beirando quase uma alegria que bravamente luta sorrindo
Um sol chegando dizendo assim, seja bem-vindo, nessa inconstante água
Nada mais determina, nem finca estacas, nem incrimina, nada mais me estanca
Um guardar que me perde, um perder que quase te ganha, mas não me aproxima
Uma sina, um jeito de joia numa rica mina, uma crina de cavalo no vento
Um não sei que sem tempo, uma rua, uma munição, um destoar de rimas certas
Um lado B sem escuta, a mesma luta sempre, um lado A perdido na faixa riscada
A cilada sem beijo, o querer estar sempre no mesmo instante corpo
Um amor assim tão vivo desesperadamente assim quase morto
Um corte sem facas de nortes, sem fio cortante, sem ilha, sem porto
Vejo-te assim tão perto, sinto teu hálito, teu passar, teu cheiro e não te tenho
A noite passa, a noite passa, a noite passa, a noite passa, a noite passa e chove aqui dentro. Meu sentimento faz que dorme debruçado numa varanda coberta de chuva e um bilhete me acorda de manhã, sem uma linha sequer de esperança. (A esperança é uma linha onde é preciso dar corda e muitas vezes soltar a própria linha; comenta Quirina, com àquele sorriso cínico de sempre). Quirina, Quirina... é bem isso, é bem isso
Palavras que não se ajeitam, permeadas de um silêncio inquieto e gritante
Um sentimento que mesmo preenchendo tudo nada pode fazer
Um vazio de imensidão, latente, intrigante, risonho, tristonho, sem fim
Um ponto qualquer entre a paixão e a tormenta que atormenta o ponto da paixão
Um verão encrustado num frio agosto, um rio coberto de lençóis que cobrem a noite
Queria assim mostrar este meu amor constante em cada linha que escrevo
Em cada veia, em cada canto, em cada nervo que lateja e toma forma de poesia
Um amor tão perto, deitado na minha cama, uma chama que contenho na sala
Um não sei que de não preciso misturado com a vontade do beijo lido
Um correr risco de falar só a verdade e a dor de ouvir só a verdade
Uma noite de chuva rompendo a madrugada de um pranto seco
O tempo da gente tem horário de verão quase que frequentemente
Um feitiço feito filme de Àquila, um Falcão perdido numa noite sem o rosnar da fera
Duas garrafas de vinho, sem meio termo, sem meia dose, sem meias palavras
Um todo jogado na correnteza de águas que lavam almas e rostos cansados
Uma tristeza beirando quase uma alegria que bravamente luta sorrindo
Um sol chegando dizendo assim, seja bem-vindo, nessa inconstante água
Nada mais determina, nem finca estacas, nem incrimina, nada mais me estanca
Um guardar que me perde, um perder que quase te ganha, mas não me aproxima
Uma sina, um jeito de joia numa rica mina, uma crina de cavalo no vento
Um não sei que sem tempo, uma rua, uma munição, um destoar de rimas certas
Um lado B sem escuta, a mesma luta sempre, um lado A perdido na faixa riscada
A cilada sem beijo, o querer estar sempre no mesmo instante corpo
Um amor assim tão vivo desesperadamente assim quase morto
Um corte sem facas de nortes, sem fio cortante, sem ilha, sem porto
Vejo-te assim tão perto, sinto teu hálito, teu passar, teu cheiro e não te tenho
A noite passa, a noite passa, a noite passa, a noite passa, a noite passa e chove aqui dentro. Meu sentimento faz que dorme debruçado numa varanda coberta de chuva e um bilhete me acorda de manhã, sem uma linha sequer de esperança. (A esperança é uma linha onde é preciso dar corda e muitas vezes soltar a própria linha; comenta Quirina, com àquele sorriso cínico de sempre). Quirina, Quirina... é bem isso, é bem isso
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