quarta-feira, 30 de julho de 2014

Outono da minha face

Quem olha agora a minha face
Não imagina a cor que nela havia.
Estou outono.
Folhas secas.
Metade vinho tinto.
Metade abandono.
Sou hora do plantio em época de estio.
Quem olha agora minha face
Beira a flor da pele e o arrepio.
Estou outono,
Esperando, sem mangas, o frio...

Quando se vai

Dói por dentro. Dilacera.
Pá de cal. Pé de guerra.
Punhal no peito. Alma calada.
Sono sem leito. Beijo sem jeito.
Abraço de cilada. Amor quase perfeito.
Oração subjetiva. A procura do sujeito.
A procura da própria vida. Objeto num olhar direto.
Dói por dentro. Toda e qualquer despedida.



Nenhum comentário:

Postar um comentário