Meus olhares chuvosos
De manhãs que nem sei
Sou aquilo que faço
Minha vontade não é de ninguém
E se não sei do fato
Eu digo “não sei”
Meus passos molhados
De tardes que nem sei
Sou aquilo que ardo
Meu arder não é de ninguém
E se não comento o rapto
É por que não entendo da lei
Meus pensamentos encharcados
De noites escuras de insônia
Sou aquilo que sonho
Meus sonhos são asas dos meus amores
E se não alardeio meus desejos
É por que eles também pertencem a alguém
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