domingo, 18 de abril de 2021
Aprender é o primeiro verbo para se poder viver...
para amar é preciso aprender...
para ser é preciso aprender...
para querer é preciso aprender...
para entender o outro é preciso aprender...
Aprender é um verbo coronário...
as veias do aprender percorrem o corpo todo...
o sorriso nasce assim,
o beijo nasce assim, o orgasmo nasce assim,
o prazer nasce assim, o amor nasce assim...
sexta-feira, 16 de abril de 2021
quarta-feira, 14 de abril de 2021
MAIA
Um sonho meu faz um ano, um anjo de luz que aportou em minha vida, feito um oceano e tomou conta e me faz sorrir todos os dias. Hoje um oceano nos separa, mas tenham certeza que nosso amor já florido e regado todos os dias nos deixa unidos e parceiros.
segunda-feira, 12 de abril de 2021
sexta-feira, 9 de abril de 2021
sábado, 3 de abril de 2021
Abril II
O acaso brinca de rima
terça-feira, 23 de março de 2021
As parceiras
segunda-feira, 15 de março de 2021
quinta-feira, 18 de fevereiro de 2021
Eu conheço esse olhar, nem te conto o conto que vejo
Atormentava
meu corpo e alma quando não sabia dele
Deixei
mensagens em garrafas e escritos em azulejos
As
gaivotas eram minhas asas, meus caminhos e meu correio
Ah,
encantadoramente eu a via sem vê-la
Pois
sua imagem estava nos quadros, nas ruas, nas estrelas
Era
um querer mais do que o tanto, mas a ausência ardia
Virava
noites, escondia os dias, num calendário que só eu sabia
Nunca,
de forma nenhuma, esqueci esse olhar
Ele
me acompanhava, momentos de tristezas ou de alegrias
Lá
estava ele a me provocar, um brincar de esconde-esconde
E
tudo era tão difícil, tão longe
E
um dia, num fim de tarde encantado, sem que eu esperasse
Esse
olhar bateu em minha porta sem dizer nada
E
senti que ele já me via
Poucas
palavras ditas.
E
num silêncio gritante, desses silêncios falantes
Os
olhares se beijaram, a aparentar que jamais ficaram distantes
sábado, 6 de fevereiro de 2021
Até
a página dois
Tudo
pode
Tem
um livro pela frente
Um
pular páginas esquisito
Para
não ler
O
que deveria ser lido
Entender
que ao chegar
Ao
fim do livro
Se
pode ler de novo
O
amor são leituras, releituras
Abrir e fechar uma história
Depende
das asas do leitor
E
talvez nas notas de rodapé
Se
esconde um grande amor
quarta-feira, 3 de fevereiro de 2021
A saudade
Saudade
é um canto quieto, emocionante, tocado, inquieto
Uma casa sem teto que não deixa o sereno cair
Uma calçada sem lado que beija o jardim
Uma estrela cadente que docemente nunca cai
Um imenso vazio repleto de tudo envolvido
Um tempo surgido por querer sempre querido
Que deixa no canto do quarto um eterno ai
terça-feira, 2 de fevereiro de 2021
Alimento
Minha
boca
gosta
do
gosto
da
tua...
Em
todos os sentidos
Em
todos os gemidos
Minha
boca
gosta
do
gosto
da
tua...
Em
todos os lugares
Em
todos os luares...
Minha
boca
gosta
do
gosto
da
tua...
Inspirações
Toda
vez que me permitia
Recorrer
ao que não sabia
Brilhava
os olhos do acaso
Iluminando
meus dias!
Manuel
dava bandeira
Para
uma musa Cecília
Toda
vez que se permitia
Recorrer
ao que não sabia!
Que
seriam dos anjos de Augusto
E
das pessoas de Fernando
Se
todas as palavras da boca
Passassem
no mundo voando?
Toda
vez que me permitia
Recorrer
ao que não sabia
Quintana
conversava na varanda
Iluminando
meus dias!
FEBRE
Uma
sensação sem cor me atravessa.
Embora
não fale, não cala.
Invariavelmente
estanca cada passo meu.
Um
punhal que fere a própria ferida.
Um
jogo onde a dor supostamente venceu,
Sem
que a existência se desse por vencida,
Ficando
exposto aquilo que o poeta ainda não escreveu...
Assim
fica entendido o mágico encanto dessa vida.
A
vida é uma longa febre.
Um verso de pé quebrado
sábado, 30 de janeiro de 2021
Fomes
Era inevitável a queda
frente ao vazio que se fazia
era café sem bolacha, sem fatia
era fome o que o coração mostrava e
dizia
Era inevitável o pranto
frente ao exposto
era lição sem cartilha
era um mar imenso sem nenhuma possível
ilha
Era inevitável o fim
frente ao penúltimo capítulo que se
escrevia
era final feliz sem nenhum par
era romance sem nenhuma poesia
A fome comia...
Um
Conto de Sarda
Uma menina com sarda
Brincava atrás da cortina
Desenhava uma fada
A solitária menina
Queria que a fada
Num toque de sua varinha
Retirasse do seu rosto a sarda
E ela detrás da cortina
A fada não entendendo nada
E achando tão bela a menina
Num toque doce de fada
Desapareceu com a cortina...
sexta-feira, 29 de janeiro de 2021
Da flor da pele
A
flor da pele
Rosa
não deve ser.
Minh
’alma eu mesmo lavo.
A
rosa não brigou comigo.
Aliás...
eu nem sou o tal cravo.
quinta-feira, 28 de janeiro de 2021
Guardar
Um
terno de linho branco,
uma
colcha de ternura,
um
baile em noite clara,
uma
lua no Campeche,
quem
guarda não perde.
Frases soltas presas ao tempo
A confusão ardia
noites
quentes
ventos
de calmaria
mormaços
de Joanas e Marias
bêbadas
madrugadas sem fatias
tempo
do presente não tão perfeito
olhares
sem garantias
orações
sem leitos
saudade
tatuada em folhas de samambaias
Versos portugueses
É meu cansaço que me ergue
no exato momento em que me falta o ar
mesmo que minhas pernas se neguem
meu desejo me faz andar
Estanca de repente também meus ais
nenhuma palavra, nenhum gemido, nenhum gosto
minhas dores aportam em meu cais
engulo a seco e disfarço as lágrimas em meu rosto
Às vezes para seguir é preciso conviver com a dor
um espinho no pensamento, um punhal preso ao peito
uma luta incessante da escuridão com a cor
como se houvesse pregos em toda cama que deito
Colcha de
retalhos
Meus
amores estão nas entrelinhas de minha poesia
estão
cobertos de rimas
estão
encobertos por uma poeira fina de nome paixão
juntei
tecidos tantos por tantos anos
tecidos
suaves, finos, retalhos diversos e seda e chita
costurei
uma colcha quente de lembranças
para
acalmar meus invernos
Nós
Nós
para atar
Nós
atados
Nós
sem par
Cegos
por nós
Nós
soltos
Despercebidos
Nós lidos
Esquecidos
Nós
para juntar
O
inconcebível
Acredito
Em
nós para sempre
As
parceiras
Bebem noites, mas adoram café da
manhã...
Mastigam palavras poeticamente,
e cinicamente arrotam desaforos...
Conversam com anjos.
Passam os finais de semana no inferno.
Compram tapetes na feira livre.
Adoram tapetes voadores e persas...
Riem com cumplicidade e choram do mesmo
modo.
Possuem palavras doces,
que transformam em cicatrizes outras
palavras...
Mudam a sala a toda hora.
Fazem as malas a todo instante.
Adoram samambaias e cult movies.
São contraditórias,
mas nós amamos suas histórias...
E por paixão e risco nos entrelaçamos a
elas...
(As parceiras não tem nexo. Nem sexo
devem ter.
São línguas, do hiato ao plural. Muito
de transbordar nada,
pouco de preencher tudo)
São assim as parceiras,
que muitas vezes nem primeiras são...
As parceiras são pele e flor.
Viver sem elas seria cômodo demais.
quarta-feira, 27 de janeiro de 2021
terça-feira, 26 de janeiro de 2021
Capitu
Quando conheci Capitu
capitulei
desenganei
a confiança é um conto
um Machado afiado
uma colcha de retalhos
com bainhas de linho
quem nunca se sentiu Bentinho?
Luas
Repartiram
os traumas, juntaram as camas, as coxas, as crises.
Alugaram
uma quitinete.
Compraram
fogão, geladeira e uma garrafa de vinho branco.
Trocaram
olhares maliciosos, penduraram um quadro, contaram até quatro.
Ah!
Era quarta.
Beijaram-se
muito, muito mesmo.
Perderam
o ar, os sentidos e uma pulseira que ela ganhou da tia.
Juraram
amor eterno.
Ele
vestiu seu único terno.
E
foi tentar, tentar, tentar.
Já
era quinta, sexta, sábado, domingo, segunda, terça, quarta de novo...
segunda-feira, 18 de janeiro de 2021
Receita