segunda-feira, 28 de dezembro de 2020

5.7

 

A vida não é lenta.

Fecha-se os olhos, trinta.

De repente, cinquenta, sessenta .

É preciso coragem para entender o tempo.

domingo, 27 de dezembro de 2020

O que fica

O que vale é o sorriso que ficou n`alma... Àquele que a gente lembra e sempre sorri de novo...

O que vale é àquele ombro amigo de todas as horas e fases...

Minha vida está feliz por ter tanta gente de bem que gosta de mim... 

As melancias se ajeitam no balanço da carroça, dizia minha avó Maria e ela estava certa demais...

 

Sentido



Que correria doida e doída é essa?

Uma loucura desenfreada para ter

E vem o vento e leva

E vem a água e leva

E vem um vírus e leva

E vem o tempo e leva

E vem a idade e leva

E vem a tristeza e leva

E vem a morte e leva

Abro meu Quintana e um seco chileno tinto, escuto Elis, faço carinho em minhas gatas, escrevo meus rabiscos, um cheiro de terra molhada toma conta da casa... um momento de gratidão e desejo de paz e harmonia... acredito mesmo que gentileza gera gentileza, e energia boa gera energia boa... Foi um ano muito difícil, como já fora 2019, mas continuo a acreditar nas mesmas coisas que acredito por décadas... Passei e passo a solucionar problemas, sempre me coloco na posição do outro e vejo que sou privilegiado. Gratidão é a palavra que me abraça agora.

Agradeço aos amigos fiéis, aos amores verdadeiros e aos beijos sem data e surpreendentes. Assim sigo, pois logo ali na esquina o acaso vem e leva e precisamos estar preparados. Estamos numa longa viagem e acredite a vida precisa de sentido e sentimentos. Fica meu abraço tatuado nos corações de quem me lê. É maravilhoso saber que minhas linhas fazem bem a tantas pessoas. Sinto-me realizado com isso. Que o ano novo nos traga liberdade, amor pleno e sabedoria.

 E acredite, o que nos queima por dentro precisa virar claridade.

 

 

 

terça-feira, 22 de dezembro de 2020

Guardar

      

Um terno de linho branco,

uma colcha de ternura,

um baile em noite clara,

uma lua no Campeche,

quem guarda não perde.

 

 

Frases soltas presas ao tempo i

 

 

A confusão ardia

noites quentes

ventos de calmaria

mormaços de Joanas e Marias

bêbadas madrugadas sem fatias

tempo do presente não tão perfeito

olhares sem garantias

orações sem leitos

saudade tatuada em folhas de samambaias

Versos portugueses

É meu cansaço que me ergue

no exato momento em que me falta o ar

mesmo que minhas pernas se neguem

meu desejo me faz andar

 

Estanca de repente também meus ais

nenhuma palavra, nenhum gemido, nenhum gosto

minhas dores aportam em meu cais

engulo a seco e disfarço as lágrimas em meu rosto

 

Às vezes para seguir é preciso conviver com a dor

um espinho no pensamento, um punhal preso ao peito

uma luta incessante da escuridão com a cor

como se houvesse pregos em toda cama que deito

Colcha de retalhos

Meus amores estão nas entrelinhas de minha poesia

estão cobertos de rimas

estão encobertos por uma poeira fina de nome paixão

juntei tecidos tantos por tantos anos

tecidos suaves, finos, retalhos diversos e seda e chita

costurei uma colcha quente de lembranças

para acalmar meus invernos

 


sexta-feira, 11 de dezembro de 2020

 

Vida bem maior.

Bem move gentilezas,

Rega esperanças, faz florir

Um furacão no meio da nossa sala,

Mas tenha certeza, bons ventos virão.

E a gente precisa tanto da gente,

Um dia a ficha cai, a semente brota,

Enquanto isso continuemos a assistir

“O Feitiço do Tempo” (Dia da Marmota).

 

 

 

 Silêncio

O relógio está quebrado. 

A carta não tem selo nem CEP. 

A mensagem bebeu a garrafa.

 Eu rio muito contigo...

Chego a ser mar...

domingo, 6 de dezembro de 2020

 Desafogo, desabafo, determinação. 

Querer construir uma casa 

e ver no terreno 

apenas um sarrafo, 

mas acreditar na construção...

 

O hoje é grande demais

para se deixar passar...

sem viver...

sem vontade, 

sem luta.

Sobre meias e amor de verdade


A minha meia é quentinha, e ao mesmo tempo que me aquece me dá um friozinho na barriga. Encaixa direitinho, mesmo com alguns furinhos que a vida ensina, é amante, parceira e amiga. Não vivo sem minha meia... Muito mais do que meia e mais do que meia metade, é tudo e tanto, é deliciosamente inteira para o meu coração.

 

 

Hão de vir

Hão de vir

Há braços

Em laços

De presente

 

O menino

 

Nada agora pode causar surpresa

a não ser àquele velho menino

que entende que seu "carrinho de lomba"

o levará para qualquer lugar...

 

 

 

 

Declaração de amor rasgado


Declaração de amor rasgado

 

Rasgou minhas cartas,

rasgou minhas fotos,

rasgou meus livros,

e, por último,

rasgou as próprias roupas,

e fizemos amor na sala...

 


Só pra te olhar

  

Vou aproveitar a chuva para lavar a alma,

para disfarçar a lágrima,

para limpar o poço...

Vou aproveitar a chuva para lavar o sábado,

para disfarçar a seca,

para limpar "o posso”...

Vou aproveitar a chuva para lavar a terra,

para disfarçar a vodca,

para limpar “o nosso”...

Vou aproveitar a chuva para lavar o quintal,

para disfarçar o mar,

para limpar “o bom moço”...

Vou aproveitar a chuva para lavar as mãos,

para disfarçar o tempo,

para limpar a vidraça...

Manhãs

 


A linha do meu coração usa um terno pelo avesso

e dança em bailes de lembranças que eu guardava em segredo.

 

Um verso de pé quebrado


Um verso de pé quebrado deixa recados no gesso.

Ninguém passa nesse mundo,

falando de amor e saindo ileso...

 

Um verso de pé quebrado demora um pouco mais para chegar.

Mas rima luares com ondas e mares,

e canta como quem se encanta em cantar...

 

Chuva, sol, lua e mar

 

 

A chuva era uma moça fina.

Cheiro de leite. Flor da idade.

E, com seu jeito de menina, não sabia que no fundo,

poderia ser uma tempestade.

 

O sol imaginava-se sempre repleto.

Pelo seu brilho não temia nada.

Achava-se o mais belo, o mais completo.

Chorou, quando conheceu a madrugada.

 

A lua, mulher de olhos ardentes,

emoldurada por estrelas,

procurava entre tantas lentes,

alguém que desejasse realmente tê-la.

 

O mar era um velho pescador,

com tesouros escondidos n’areia...

Diz que nunca conheceu o amor,

vive nas esquinas entre sereias...

 

 

 

 

 

 

Inspirações

Toda vez que me permitia

Recorrer ao que não sabia

Brilhava os olhos do acaso

Iluminando meus dias!

 

Manuel dava bandeira

Para uma musa Cecília

Toda vez que se permitia

Recorrer ao que não sabia!

 

Que seriam dos anjos de Augusto

E das pessoas de Fernando

Se todas as palavras da boca

Passassem no mundo voando?

 

Toda vez que me permitia

Recorrer ao que não sabia

Quintana conversava na varanda

Iluminando meus dias!

Lareiras

 

O meu corpo veste roupas novas,
minha alma rejeita.
não acolhe.
ela quer o velho cachecol do tempo
que aquece minhas velhas poesias.

Alimento

Minha boca

gosta do

gosto da

tua...

 

Em todos os sentidos

Em todos os gemidos

 

Minha boca

gosta do

gosto da

tua...

 

Em todos os lugares

Em todos os luares...

 

Minha boca

gosta do

gosto da

tua...

 

 

Bêbado


Toma café,

toma vergonha,

toma ônibus,

toma banho,

toma jeito,

toma cachaça...

 

E quando quiseres...

Toma meu coração.

 

Quando a exatidão descobre que a surpresa é fundamental

 



 

Baldes de mares teimam em encher dedais

Assim esquecemos os beijos no meio da tarde

Das cartas redigidas a mão

 

É preciso surpreender

O amor necessita de arrepios e friozinhos na barriga

Amor não tem botão de liga e desliga

 

Botões que valem de verdade

São os que deliciosamente abrimos para sentir o corpo amado

quarta-feira, 2 de dezembro de 2020

 Eu quero gente pimenta, 

gente com sal. 

A vida insossa faz mal.

Seca

 

Que chuva tamanha que beija a seca,

A minha seca boca.

Chuva que molha as roupas do passado

E dá febre.

Uma febre tamanha que queima a seca,

A minha seca boca.

Uma sensatez louca.

A previsão é que a chuva tamanha não pare,

Então, que encharque.

 

Rabiscos

 

Precisamos nos perder mais.

Os dias de tempestade e a falta de bússola, na maioria das vezes, nos ensinam caminhos, não que eles sejam os melhores caminhos, mas precisamos passar por eles para aprender. E aprender não é acertar tudo, ou não errar, muito pelo contrário. Envolva-se com os detalhes, com o simples, gotas são também partes do oceano.

Vamos nos perder para nos achar e se mesmo assim continuarmos perdidos vamos tentar. O ódio virou jeito de viver, e o que dá jeito para tudo é amar.

Minhas palavras, tantas vezes, não conseguem chegar onde quero e não tenho certeza que são compreendidas. Sigo a tentar, e me despedaçar, a me juntar, a me reerguer... assim procuro dentro de minhas loucuras a coerência utópica de querer se achar...

Amigo, precisamos nos perder mais.

 

 

 

 

 A lua afunda por querer, 

por querer ver o sol.

 Quando a lua não aparece,

o mar fica a ver navios.

 


 

Apertos

Que o simples vença o tão confuso. 

Que seja importante me faltar um parafuso

para que eu possa enlouquecer em mim.

 


 

Esse Olhar

 

Ai esse olhar

Que tu sempre pega

Olhar de esfrega

De calor, de paixão

Olhar que come

Que fome

Ai esse olhar 

Que me entrega

 

 

 

Ares eternos

 

 

Que tantos “morreres” cabem em mim

Pude assim conhecer todos os meus “ressuscitares”

Junto a eles meus “acordares” despertaram

Minhas manhãs

Meus “quereres”

E pude sentir o quanto sou forte

E quantos mares me habitam

 

Nenhuma morte calará minhas palavras

Nenhuma morte cessará o meu amor

Morte alguma há de fazer meus sentimentos ruírem

 

Que tantos “morreres” cabem em mim

E eu aqui Fênix e minhas cinzas a deixar recados nos muros

Para desespero dos que tentam minhas mortes

E morrem de medo de minhas poesias

Os “viveres” são versos, são asas

Minhas casas da alma são “eternizares’

 

Mora um vento em mim...

que não me leve as reticências...

 

 

E eu ando assim meio de canto,

rabisco uma letra e danço

 

Cresci numa linda cidade chamada Torres e comia goiaba e outras tantas frutas no pé

Jogava taco em frente de casa e andava de carrinho de lomba final de tarde

Hoje vejo que todo mundo vê todo mundo pelo computador e celular

Queria tanto reencontrar o meu lugar

Mas Torres já não é mais a mesma, nem as goiabas, nem o jogo de taco, nem o carrinho de lomba

Restam sombras, sombras diferentes

Por que nem o sol é o mesmo

Precisamos resgatar o simples, senão não teremos histórias para contar

 

Ardia a manhã
Bem lembro
Meu coração inverno
Sonhava em ver setembro
O sol ficava diferente
As flores provocavam sorrisos
Nunca esquecerei as cores das primaveras de Torres
É uma tela que guardo aqui dentro
Feito um mar

 

 

 

A vida não é lenta.

Fecha-se os olhos, trinta.

De repente, cinquenta.

É preciso coragem para entender o tempo.

Simplicidade


Bom dia com poesia e café e bolacha Maria 

Tempos de broas, ki-sucos, bergamotas e pão de quarto

Tantas lembranças contidas, empoeiradas pelo tempo

U’a música na eletrola, pescaria, Hanna-Barbera

e um bom jogo de taco

 

 

Esperança

 

Uma dor que não cessa, dia a dia, dor a dor, um rasgo dilacera

Falta ar e antes disso faltou amor e atenção

Falta mar e antes disso faltou cor e embarcação

Falta solidariedade e antes disso faltou abraço e primavera

Que dor é essa que não passa

Falta pão, mas é o ódio quem nos assa

Uma dor que não cessa

A tristeza invade como se tomasse posse

O chão e os corações áridos

Que chova e vente

e que leve essas nuvens e pessoas pesadas para bem longe

 

 

 

Uma dança de uma infância feliz

A saudade boa que não nos ilude

A conversa na calçada, a brincadeira na pracinha

E àquele mágico jogo com as bolinhas de gude

 

Sobre envelhecimento: O tempo

 

O tempo sempre me foi um aliado

O tempo esclarece

O tempo descobre a verdade

O tempo simplifica as coisas

 

O tempo de estar perdido

Também é um achado

O tempo me deu rugas

E elas são minha vida desenhada

 

O tempo sempre me foi uma lição

Foi meu guia e meu professor

O tempo disse: escuta teu coração

Pois nele também mora tua razão

 

O tempo de provocar o tempo

É um vento que mora em minh’alma

Àquela pandorga da infância

Que lá de cima me dava calma

 

Mas o tempo também é cerol

Que deixa a pandorga solta no ar

Se for tua a sonhada pandorga

Tenha certeza que um dia ela irá voltar

 

Mas o tempo também voa

É preciso buscar a claridade

Ser coerente nos atos

E não deixar para amanhã a vontade

 

O tempo sempre me foi um aliado

E de bom grado aprendi a entendê-lo

Fiz dele um manto para me proteger

Até hoje guardo com carinho cada novelo

 

Por isso quando me perguntam

Quem é esse tal de tempo

Respondo com um sorriso aberto

Ele é um menino sincero, mas muito amigo do vento

 

a gente se atrapalha

a gente anda

a gente se alimenta

a gente trabalha 

a gente inventa moda

a gente junta tralha

a gente ama

a gente arruma a cama

a gente acorda

a gente vai ao fundo

a gente faz que malha

a gente faz a mala

a gente data

a gente cala

a gente vive

a gente se mata

a gente se declara

a gente vai na marra

a gente cria raiz

a gente cria gato

a gente pede bis

a gente não tem vergonha

a gente faz uma vez só

a gente desenha

a gente sonha

a gente é professor

a gente é aprendiz

e o que a gente quer

é só ser feliz

Eu tenho muitas memórias que eu ainda não vivi... Desejos e sonhos misturados num liquidificador que chamamos tempo.

São vidas nas entrelinhas... O futuro com goles de passado embrulhado para presente. Confuso o que poderei viver, fuso horário de um lugar que ainda não fui, sensação de que alguma coisa maior acontecerá e já está aqui. Memórias que lembro e desejo e que necessariamente ainda não aconteceram. Uma lamparina no meio da praia me atiça.

Sejamos sensatos... quando não encontrarmos razão tenhamos compreensão e com zelo e tato peçamos perdão... Então, o que quero dizer, entender é fruto de muito amor...

Que não torçamos pelo time tal, nem votemos para tal sigla, nem rezamos por tal religião, entendamos também quem não tem religião nenhuma... Descobri com uma pessoa que me ensinou a meditar que abraçar é mais que um verbo de ligação, ou é um verbo incondicional de ligação.
Viver é aprender para viver melhor na vida que há de vir. Gosto de textos que me abraçam, e gosto de compreender o que me aflige... Sei que o que escrevo será entendido depois... e tenho certeza que um mais um é muito mais do que dois...
O mundo que virá não tem gavetas... tem gaivotas... Voe agora, ame agora e viva agora... por que o tão cedo vem e vai embora... se pudesse deixar um único conselho eu diria: beije e fale de amor para quem você ama.... não deixe para amanhã o que arde em você hoje...

 

Entendimento   

 

Todo o entendimento necessita de tormento, de vento, de transformação.

Todo o entendimento necessita de lamento, de tempo, de interpretação,

Todo entendimento necessita de perdas, de tristezas, de inquietação.

Entender é um barco que parte e precisa conhecer todos os segredos do mar.

Demora um pouco esse navegar, mas depois... águas claras, como se fossem espelhos da felicidade.

sábado, 31 de outubro de 2020

Só pra te olhar

 


Vou aproveitar a chuva para lavar a alma,

para disfarçar a lágrima,

para limpar o poço...

Vou aproveitar a chuva para lavar o sábado,

para disfarçar a seca,

para limpar "o posso”...

Vou aproveitar a chuva para lavar a terra,

para disfarçar a vodca,

para limpar “o nosso”...

Vou aproveitar a chuva para lavar o quintal,

para disfarçar o mar,

para limpar “o bom moço”...

Vou aproveitar a chuva para lavar as mãos,

para disfarçar o tempo,

para limpar a vidraça...

Declaração de amor rasgado

 

 

Rasgou minhas cartas,

rasgou minhas fotos,

rasgou meus livros,

e, por último,

rasgou as próprias roupas,

e fizemos amor na sala...

Origami

 


Dobraduras do tempo.

Harmonia.

Calma.

Concentração.

A vida é assim.

Dobras com cuidado.

Dobras com carinho.

Dobras com cautela.

Dobras com exatidão.

Dobraduras do tempo.

De repente a imagem, o fato, a construção.

Meu coração origami reinventa-se e “se” dobra.

Caleidoscópio

 

                           

Tua boca encharcada.

Teu corpo coberto de gemidos bons.

Correntezas que me fazem chegar aos teus poros.

Coro de uma noite silenciosa,

“Gritando-nos por dentro”

Tua imagem me dá fome, sede.

E só tua imagem e corpo para saciar o tudo.

O prazer percorre nossas veias.

Invade minha poesia.

Alucina minhas aldeias.

Tua química brinca com minha alquimia.

Beijo coberto de oitavas intensões.

Gemidos feito canções.

Corpos costurados com linhas.

Gozo nos fazendo voar.

Quero morrer junto ao teu ventre.

Uma lente feito um espelho convexo,

Que transforma o mundo e aumenta meu desejo.

Teu corpo me fala “entre”.

Teu corpo me deixa sem nexo.

Minha língua encharcada navega em tua boca.

 

sexta-feira, 30 de outubro de 2020

Do tempo

 

O amor é um inferno no céu

Um inverno sem roupas quentes.

Um terno de linho sem noiva.

Luares de noites ardentes,

São mares com ondas constantes.

Nenhuma igual como a de antes.

E tão exato que é de repente,

Alguma coisa passante

 

 

Simplicidade


Bom dia com poesia e café e bolacha Maria 

Tempos de broas, ki-sucos, bergamotas e pão de quarto

Tantas lembranças contidas, empoeiradas pelo tempo

U’a música na eletrola, pescaria, Hanna-Barbera

e um bom jogo de taco