domingo, 6 de dezembro de 2020

Chuva, sol, lua e mar

 

 

A chuva era uma moça fina.

Cheiro de leite. Flor da idade.

E, com seu jeito de menina, não sabia que no fundo,

poderia ser uma tempestade.

 

O sol imaginava-se sempre repleto.

Pelo seu brilho não temia nada.

Achava-se o mais belo, o mais completo.

Chorou, quando conheceu a madrugada.

 

A lua, mulher de olhos ardentes,

emoldurada por estrelas,

procurava entre tantas lentes,

alguém que desejasse realmente tê-la.

 

O mar era um velho pescador,

com tesouros escondidos n’areia...

Diz que nunca conheceu o amor,

vive nas esquinas entre sereias...

 

 

 

 

 

 

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