Para Leminski
Tudo que é correto demais
Desalinha o mundo, a reta
Um trem fora dos trilhos
Vê coisas que não veria
Se estivesse sempre nos trilhos
Para Leminski II
A verdadeira entrega é feita de coisas escondidas
E fugidias
Assim, a entrega torna-se verdadeiramente transparente
A contradição do dia e da noite inventou o fim de tarde
Para Leminski III
A chuva bate na porta
Assim, o náufrago aporta
Para Leminski IV
O mar adormece num segundo
No outro acorda o mundo
Para Leminski V
No café da noite
Uma frase rasga o silêncio
Abro um pacote de bolacha e adormeço
Me contaram o final e eu não lembro nem do começo
Para Leminski VI
Não ter o que lembrar é sofrer muito mais do que ter lembranças
Às vezes a guerra nos faz querer e lutar pela paz
Para Leminski VII
Longe
Esqueci o celular na agência
Quieto
Sem alguém para falar
O mar canta
A noite cai
Como vou acordar amanhã sem despertador?
Preciso me levantar agora
Para Leminski VIII
O que intriga é o interruptor que me atiça
E depois não liga
Escuridão é um elo
Tua foto com o rosto vermelho
Virou um sonho amarelo escondido num livro
Converso com o espelho
E não me entendo
Para Leminski IX
O esquecimento é uma linha que mora longe
Mas rompe perto
Tudo que é correto demais
Desalinha o mundo, a reta
Um trem fora dos trilhos
Vê coisas que não veria
Se estivesse sempre nos trilhos
Para Leminski II
A verdadeira entrega é feita de coisas escondidas
E fugidias
Assim, a entrega torna-se verdadeiramente transparente
A contradição do dia e da noite inventou o fim de tarde
Para Leminski III
A chuva bate na porta
Assim, o náufrago aporta
Para Leminski IV
O mar adormece num segundo
No outro acorda o mundo
Para Leminski V
No café da noite
Uma frase rasga o silêncio
Abro um pacote de bolacha e adormeço
Me contaram o final e eu não lembro nem do começo
Para Leminski VI
Não ter o que lembrar é sofrer muito mais do que ter lembranças
Às vezes a guerra nos faz querer e lutar pela paz
Para Leminski VII
Longe
Esqueci o celular na agência
Quieto
Sem alguém para falar
O mar canta
A noite cai
Como vou acordar amanhã sem despertador?
Preciso me levantar agora
Para Leminski VIII
O que intriga é o interruptor que me atiça
E depois não liga
Escuridão é um elo
Tua foto com o rosto vermelho
Virou um sonho amarelo escondido num livro
Converso com o espelho
E não me entendo
Para Leminski IX
O esquecimento é uma linha que mora longe
Mas rompe perto
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