Deixa
Deixa
minha bagunça fazer dançar minh’alma
E
quando me faltar a calma
Eu
me pegue a sorrir
Deixa
a confusão me permitir o acaso
E
quando meu mergulho for num lago raso
Eu
me salve nas águas do teu corpo
Deixa
a minha cara rubrar
E
quando me faltar o ar
Eu
me pegue a respirar sem desistir
Deixe
eu gostar de poesia
De
viver minha alegoria
Sem
comprometer o que acredito
Não
sei o que é feio nem o que seja bonito
Sei
da compreensão e respeito pelo todo
Não
gosto de mentira, de traição, nem desse lodo
Gostaria
somente de poder viver
Sem
usar o outro, sem fazer do outro um degrau
Não
quero definir o bem nem o que seja mal
Sei
que a transformação nasce em cada um
Deixa
eu tentar dizer minha poesia
Deixa
eu tentar colorir o meu dia
Deixa
eu tentar alegrar minhas crias
Tem
gente que não admite os meus tentares
Meus
quereres
Minhas
alquimias
Deixa
assim
Eu
não quero aprovação
Aprendi
a viver com o não
Deixa
eu escutar Chico, ler Quintana e procurar meu sim
Nenhum comentário:
Postar um comentário