Chuva, sol,
lua e mar
A
chuva era uma moça fina.
Cheiro
de leite. Flor da idade.
E,
com seu jeito de menina, não sabia que no fundo,
poderia
ser uma tempestade.
O
sol imaginava-se sempre repleto.
Pelo
seu brilho não temia nada.
Achava-se
o mais belo, o mais completo.
Chorou,
quando conheceu a madrugada.
A
lua, mulher de olhos ardentes,
emoldurada
por estrelas,
procurava
entre tantas lentes,
alguém
que desejasse realmente tê-la.
O
mar era um velho pescador,
com
tesouros escondidos n’areia...
Diz
que nunca conheceu o amor,
vive
nas esquinas entre sereias...
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