Aos quinze anos (Como da vez
primeira)
Minha pele faz-se papel
Pergaminhos de poesias à flor dela
Arrepios ao ouvir teu nome
Meus poros feitos sonetos de Florbela
Meu encantamento percorreu tantos anos
Mantido intacto, mantido sereno
Muitas vezes disfarçado de abandono
N´outras esperançoso por um aceno
É este amor que eu canto agora
Amor maior de uma vida inteira
Que incendeia, colore, cora
Como da vez primeira
Não é por acaso que teu nome tem mar
Pois naveguei sem cansar, pois vivi sem
desistir
Minhas velas seguiam por sentir teu ar
Lembrar de ti era uma forma de existir